O Centro
Pompidou, em França, é um exemplo perfeito da audácia do contraste entre o
clássico e o moderno.
A quando da abertura ao público do Centro Georges
Pompidou, em 1977, muitas vozes se levantaram contra a sua arquitetura.
O Centro Pompidou é um dos principais exemplos da
arquitetura high-tech, uma tendência dos anos 70 e que continua a ser explorada
até hoje. A arquitetura high-tech utiliza os elementos tecnológicos como
objetos estéticos. Isto pode ser observado nas grandes tubulações aparentes e
no sistema estrutural em aço, semelhantes aos sistemas industriais, que o
Centro apresenta.
O Centro Pompidou, apesar de ter sido o primeiro
monumento high-tech, teve precedentes. As suas raízes encontram-se a partir
do fascínio de um dos seus arqitetos, Renzo Piano, pela moderna estrutura de
engenharia e no trabalho do Archigram.
Um dos símbolos da Paris contemporânea, o Centre
Pompidou é um edifício tecnicista e aparenta ser uma “gigante e musculosa
fábrica de cultura”. Tecnologicamente avançado, o edifício resume-se a uma mega
estrutura, à qual foram acrescentados diversos módulos transparentes. A sua
expressividade e tipologia referem-se à arquitetura industrial tanto nos
espaços internos, que se assemelham a fábricas urbanas, como nos espaços
externos, cuja fachada lembra uma refinaria de petróleo ou uma fábrica de
produtos químicos.
“A tecnologia não pode ser um fim em si mesma. Ela tem de
servir para resolver antigos problemas sociais e ecológicos.” – Explicou Rogers.
Na verdade, se uns o achavam feio, ninguém punha
em causa a flexibilidade do Centro.
O Centro Pompidou integra um museu de arte moderna,
uma biblioteca de referência, um centro de design industrial e outro dedicado à
pesquisa musical. Este edifício, uma espécie de esqueleto externo recebe todos
os anos cerca de sete milhões de visitantes.
Gabriel Vilas Boas
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