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sexta-feira, 15 de agosto de 2014

CENTRO GEORGES POMPIDOU


O Centro Pompidou, em França, é um exemplo perfeito da audácia do contraste entre o clássico e o moderno. 
A quando da abertura ao público do Centro Georges Pompidou, em 1977, muitas vozes se levantaram contra a sua arquitetura. 
O Centro Pompidou é um dos principais exemplos da arquitetura high-tech, uma tendência dos anos 70 e que continua a ser explorada até hoje. A arquitetura high-tech utiliza os elementos tecnológicos como objetos estéticos. Isto pode ser observado nas grandes tubulações aparentes e no sistema estrutural em aço, semelhantes aos sistemas industriais, que o Centro apresenta. 



 O Centro Pompidou, apesar de ter sido o primeiro monumento high-tech, teve precedentes. As suas raízes encontram-se a partir do fascínio de um dos seus arqitetos, Renzo Piano, pela moderna estrutura de engenharia e no trabalho do Archigram.
Um dos símbolos da Paris contemporânea, o Centre Pompidou é um edifício tecnicista e aparenta ser uma “gigante e musculosa fábrica de cultura”. Tecnologicamente avançado, o edifício resume-se a uma mega estrutura, à qual foram acrescentados diversos módulos transparentes. A sua expressividade e tipologia referem-se à arquitetura industrial tanto nos espaços internos, que se assemelham a fábricas urbanas, como nos espaços externos, cuja fachada lembra uma refinaria de petróleo ou uma fábrica de produtos químicos.

O edifício, situado no centro histórico de Paris, a poucos metros do museu do Louvre e de Notre Dame, mostrava o que até então nenhum outro tinha mostrado: tubos, canos, cabos e condutas de ar condicionado. Na fachada, tudo estava bem visível a quem passasse. Muitos diziam que o centro parecia uma refinaria, mas, aos poucos, a opção dos arquitetos Renzo Piano e Richard Rogers tornava-se mais clara – a acessibilidade de toda a estrutura permitia uma manutenção, renovação e modificação bastante mais fácil. 



 “A tecnologia não pode ser um fim em si mesma. Ela tem de servir para resolver antigos problemas sociais e ecológicos.” – Explicou Rogers. 


Na verdade, se uns o achavam feio, ninguém punha em causa a flexibilidade do Centro.



O Centro Pompidou integra um museu de arte moderna, uma biblioteca de referência, um centro de design industrial e outro dedicado à pesquisa musical. Este edifício, uma espécie de esqueleto externo recebe todos os anos cerca de sete milhões de visitantes. 


Gabriel Vilas Boas


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