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domingo, 26 de janeiro de 2020

UMA VIDA ESCONDIDA



Tinha grandes expectativas em relação a este filme, mas elas saíram completamente goradas. 

Baseado em facto verídicos, o filme recorda a história de Franz Jägerstätter (August Diehl), um fazendeiro austríaco católico, que durante a II Guerra Mundial se recusou a fazer o juramento de lealdade a Hitler quando foi chamado pela segunda vez para o Exército, invocando objeção de consciência. O ato valeu-lhe, e à família, serem ostracizados pela maior parte dos habitantes da sua aldeia, e um conflito com a sua igreja. Imperturbável perante qualquer tentativa, violenta ou institucional, para o fazer voltar atrás na decisão, nem sequer sob pena de não voltar a ver os pais, a mulher (Valerie Pachner) e as filhas, Jägerstätter foi preso, julgado em tribunal militar, condenado à morte e executado, em Agosto de 1943. Em 1971, Alex Corti fez um filme sobre ele para a televisão austríaca. Em 2007, foi considerado mártir da Igreja Católica pelo Papa Bento XVI e beatificado. 

O filme é incompreensivelmente extenso (três horas), monótono e não questiona a atitude do protagonista como esperava que o fizesse. 
Lento e arrastado, a película centra-se num relato feito a meias entre Franz e a sua mulher de uma história inusitada, mas que merecia um forte debate sobre a dignidade humana, os objetores de consciência durante a guerra, a consciência do bem e do mal assim como a inutilidade de determinadas atitudes, que, por muito justificadas e heroicas que sejam, produzem mais sofrimento sobre os inocentes que lhe aliviam as dores. 

O realizador Terrence Malick absteve-se de discutir a atitude de Franz como se ela não merecesse discussão e merecia. Alongou um filme que não devia ir além de 90 minutos, deixou de traduzir ou até colocar em discurso direto importantíssimas falas, ao longo do filme, para se centrar em reflexões filosóficas repetitivas. 

Perdeu-se uma ótima oportunidade de discutir um assunto interessantíssimo como o dos sacrifícios inúteis - em guerra como na vida!





domingo, 1 de setembro de 2019

BATOM NO HOLOCAUSTO


«Eu não posso fazer uma descrição adequada do campo em que eu e os meus homens passaríamos o mês seguinte das nossas vidas. Era um local ermo e seco, tão despedido como um galinheiro. Cadáveres jaziam por toda a parte, alguns em enormes pilhas, outras vezes isoladamente ou aos pares, no lugar onde tinham caído.
Demorou um pouco a habituarmo-nos a ver homens, mulheres, crianças a sucumbir quando passávamos por eles e a deixarmos de ir em seu auxílio. Tínhamos de nos habituar depressa à ideia de que o indivíduo não contava. Sabíamos que estavam a morrer quinhentos por dia e que iam continuar a morrer quinhentos por dia, durante semanas, até que qualquer coisa que fizéssemos tivesse o menor efeito. No entanto, não era fácil ver uma criança asfixiar até à morte por difteria, sabendo que uma traqueotomia e os cuidados de enfermaria a salvariam. Vimos mulheres afogadas no seu próprio vómito porque estavam demasiado fracas para se virarem, e homens a comerem vermes enquanto seguravam um pedaço de pão, só porque tiveram de comer vermes para sobreviver e agora mal conseguiam ver a diferença.
Pilhas de cadáveres, nus e obscenos, com uma mulher demasiado fraca para se aguentar de pé, apoiando-se neles, enquanto cozinhava os alimentos que lhe tínhamos dado numa fogueira.
Homens e mulheres abaixarem-se em qualquer lado, ao ar livre, aliviando-se da disenteria, que descascava as suas entranhas.
Uma mulher de pé, nua, lavando-se com um pouco de sabão, num tanque, onde os restos de uma criança flutuavam.

Foi um pouco depois da chegada da Cruz Vermelha britânica, embora não possa ter ligação, que chegou uma quantidade enorme de batom.
Não era nada do que os homens queriam. Nós gritávamos por centenas e centenas de outras coisas, e não sei quem pediu batom. Mas desejava muito saber quem foi, porque foi uma ação de génio, de uma genialidade pura e completa.
Acho que nada fez mais por estes reclusos do que o batom. As mulheres deitadas nas camas, sem lençóis nem camisas de dormir, mas com os lábios de um vermelhos escarlate. Vi uma mulher morta, na mesa da autópsia, que apertava na mão um pedaço de batom. Por fim, alguém tinha feito alguma coisa para torná-las de novo indivíduos Elas eram alguém e não mais um número, que tinham tatuado no braço. Por fim, podiam interessar-se pela sua aparência. Aquele batom começou a devolver-lhes a sua humanidade.»

Relato do tenente-coronel Mervin Willett Gonin Dso, que estava entre os primeiros soldados britânicos a libertar Bergen-Belsen, em 1945

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

A LIBERTAÇÃO DE AUSCHWITZ-BIRKENAU, 1945


«Foi graças ao maior milagre que eu sobrevivi. Em todas as casernas havia uma pequena cabina à frente, com uma caixa na qual forneciam pão. Mas a dobradiça da caixa estava solta e eu escondi-me nessa caixa virada ao contrário. Alguém veio fazer uma busca e até lhe deu um pontapé, mas felizmente eu estava tão magro que ela cedeu. Foi assim que sobrevivi. Quando eles se foram embora, os alemães, eu quis voltar para as casernas, mas os polacos e os ucranianos não me deixaram entrar. Então, escondi-me no meio da pilha de cadáveres, porque na semana anterior os crematórios não funcionavam e os corpos foram-se acumulando. E eu escondi-me no meio daqueles cadáveres porque receava que eles voltassem. Passava ali a noite; durante o dia deambulava pelo campo. Em 27 de janeiro fui um dos primeiros, Birhkenau foi um dos primeiros campos a ser libertado» - Bart Stern


O húngaro Bart Stern foi um dos sobreviventes encontrados pelo Exército Vermelho Soviético quando entrou no complexo do campo de extermínio nazi em Auschwitz-Birkenau, no sul da Polónia, a 27 de janeiro de 1945. Nessa altura, depois de ter assistido ao assassínio de mais de um milhão de pessoas, o complexo albergava cerca de sete mil prisioneiros, a maioria dos quais demasiado velhos ou doentes para se juntarem aos outros sessenta mil que tinham sido obrigados a encetar uma marcha de evacuação assassina, ordenada pelos nazis 15 dias antes.


Entre outros prisioneiros libertados nesse frio dia de janeiro encontravam-se Otto Frank (1889- 1980), pai da jovem diarista holandesa e vítima do Holocausto Anne Frank e o químico italiano Primo Levi (1919-1987), demasiado doente com escarlatina para ser evacuado. Depois de regressar a Itália, Levi passou uma grande parte do tempo a escrever sobre a sua experiência nos campos de concentração, dando origem ao extraordinário livro Se Isto É Um Homem (1947). Todavia, nem ele se sentiu qualificado para dar um testemunho completo. Mais tarde, numa entrevista, afirmou: «Nós, os que sobrevivemos aos campos de concentração, não somos as verdadeiras testemunhas. Somos aqueles que, por prevaricação, habilidade ou sorte, nunca tocámos no fundo. Os que tocaram, e os que viram o rosto da górgona, não voltaram ou voltaram sem palavras.»

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

A SENTENÇA DOS RÉUS DE NUREMBERGA

A 1 de Outubro de 1946, dezoito nazis com cargos de chefia foram condenados por crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Gilbert, um psicólogo americano que observou estes réus durante o julgamento, tomou nota das suas reações. Entre eles figuravam, Hermann Goering, o chefe da Luftwaffe; Joachim von Ribbentrop, o Ministro dos Negócios Estrangeiros de Hitler; Albert Speer, o arquiteto-administrador; e Rudolf Hess, o antigo braço-direito de Hitler.
Eis as palavras de G. M. Gilbert:

«Goering foi o primeiro a descer e a encaminhar-se para a sua cela, pálido e impenetrável, com os olhos a saltar. “A morte!”, disse ele, deixando-se cair no catre e pegando num livro (…)
Quando Goering se recompôs o suficiente para falar, disse que esperava naturalmente a pena de morte e estava satisfeito por não ter sido condenado a prisão perpétua porque os condenados a prisão perpétua numa se tornam mártires. Mas não havia na sua voz nenhum resquício da antiga e confiante fanfarronice. Goering parece entender, finalmente, que a morte nada tem de divertido quando é o próprio que vai morrer.
Hess entrou, emproado, a rir-se com nervosismo e afirmou que nem sequer prestara atenção, portanto não sabia qual era a sentença e mais nem isso lhe interessava.

Ribbentrop chegou, horrorizado, e começou a andar à volta da cela, aturdido, murmurando “A morte! A morte! Agora não poderei escrever as minhas belas memórias. Tsk! Tsk! Tanto ódio!” Depois sentou-se, completamente destroçado, e olhou para o ar….
Speer soltou uma gargalhada nervosa. “Vinte anos. Bem, é justo. Não podiam aplicar-me uma sentença mais leve, considerando os factos e não me posso queixar. Eu disse que as sentenças tinham de ser severas, e admiti a minha cota parte de culpa, por conseguinte seria ridículo queixar-me do castigo.»
O julgamento de Nuremberga foi o primeiro filme que vi, mal cheguei à faculdade. Lembro-me perfeitamente do dia da semana e da hora. O que me impressionou no filme foram as imagens abomináveis dos campos de concentração, das câmaras de gás, dos corpos esqueléticos amontoados como lixo e retirados com recurso a caterpillars, para se mais rápido e eficaz, como explicou um alemão. Ainda hoje recordo a frieza da explicação e quanto isso me gela o coração. Não prestei atenção às figuras do III.º Reich. Não valiam a pena. As palavras de Gilbert, excetuando o caso de Speer, apenas confirmam que a História teve a infeliz sorte de se ter cruzado com tão horríveis criaturas.

Gabriel Vilas Boas 

domingo, 5 de julho de 2015

NICHOLAS WINTON, A LOCOMOTIVA DA VIDA


Há algo de estranho, grandioso e belo quando, no mundo dominado pelo mediatismo e pela vaidade, alguém decide manter no anonimato o facto de ter salvo 669 crianças checas judias das garras nazis nos meses anteriores ao eclodir da II Guerra Mundial. Esse monstro sagrado da Humanidade chama-se Nicholas Winton e morreu há quatro dias com cento e seis anos de vida.

Fiquei a conhecer o seu extraordinário feito há poucos meses, através de um post no Facebook de uma pessoa amiga. A história de Nicholas Winton é um hino de humanidade e bondade que devia ser ensinado nas escolas. Winton nasceu em Inglaterra, mas descendia de pais alemães judeus. A sua infância coincidiu com a I Guerra Mundial e, talvez, a crueldade desta guerra tenha impressionado tanto o jovem Nicholas que no Natal de 1938 decidiu trocar umas férias na neve suíça para aceder ao pedido de um amigo checo que lhe pediu colaboração num trabalho humanitário com os Judeus. Rapidamente Nicholas Winton percebeu o destino daquela gente e moveu influências para que o maior número de crianças fosse acolhido por famílias britânicas.

A hipótese de salvar os filhos levou muitos pais, em desespero, a procurar o britânico da praça Wencislas. O jovem corretor da bolsa londrina atuou sempre discretamente e por isso oito comboios partiram de Praga para a Holanda, onde uma barcaça transportava essa semente de vida e humanidade até à Grande Ilha da salvação. Infelizmente o dia destinado ao nono comboio e ao salvamento de mais de duzentas e cinquenta crianças foi o primeiro dia da II Grande Guerra e essas crianças nunca partiram para Londres, mas, meses mais tarde seguiram viagem para Auschwitz.

Durante cinquenta anos esta história manteve-se incógnita pois Winton só quis ser o herói da sua própria consciência. Por acaso, a mulher encontrou um caderno, com uma lista de crianças e fotografias. Winton lá lhe contou a mais bela e comovente história da sua vida.
Obviamente as autoridades checas e inglesas não podiam deixar de lhe agradecer, com títulos e honras, ações tão sublimes. Uma dessas homenagens liga Winton literalmente ao céu, pois os astrónomos checos Jana Tichá e Milos Tichý chamaram 19384 – Winton a um pequeno planeta. As autoridades checas atribuíram-lhe várias condecorações e na estação ferroviária de Praga existe uma estátua sua com duas crianças.
No dia 1 de julho de 2015, a viagem de Nicholas Winton, neste planeta chegou ao fim. Finalmente vai assumir o Governo do seu planeta entre as estrelas mais cintilantes.
Gabriel Vilas Boas

quarta-feira, 6 de agosto de 2014

A BOMBA ATÓMICA

"Meu Deus, que fizemos nós?!"Robert Lewis , co-piloto do Enola gay 
A primeira bomba atómica foi lançada sobre a cidade de Hiroshima. nos primeiros minutos morreram 80.000 pessoas

A 6 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançavam sobre a cidade japonesa de Hiroshima uma bomba inovadora e com uma capacidade letal fora do comum: a bomba atómica. Ainda aturdidos com o sucedido, os japoneses não se renderam de imediato e os americanos acharam que “a coisa” só lá ia com outra bomba, agora sobre a cidade de Nagasaki. 
A noção das consequências veio depois, mas os governos fizeram o contrário daquilo que seria recomendável. Estes dois ataques resultaram na morte de cerca de 200 mil pessoas - a maioria civis — por causa dos graves ferimentos e sequelas decorrentes das explosões e da exposição aos elevados níveis de radiação. 
A II Guerra Mundial terminou de facto com aqueles ataques americanos às cidades japonesas. Todos compreenderam que nada havia a fazer face à potência destruidora de tais armas. No entanto, os vencedores não perceberam que tinham nas mãos, não uma arma comum, mas uma dádiva do diabo. A bomba atómica acabou com uma guerra, mas instalou definitivamente a era do medo nas relações entre os povos. 


A possibilidade de atingir várias cidades pelo ar, eliminando-as e deixando nos sobreviventes e no território material radioativo capaz de contaminar populações inteiras, durante dezenas de anos, pairou e ainda paira na cabeça das pessoas de todo o mundo. 
Infelizmente, após Hiroshima e Nagasaki, os líderes das principais nações não recusaram liminarmente o fabrico deste tipo de arma e lançaram-se numa corrida desenfreada pela obtenção de armas nucleares. 
É assustador o número de países que hoje possuem esta nefasta arma: Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França, República Popular da China, Índia, Paquistão e Coreia do Norte. Além disso, é sabido que Israel também possui armas nucleares, embora o governo israelita não reconheça isso.


Apenas um país, a África do Sul, deteve armas nucleares no passado, mas desmontou todo o seu arsenal após o fim do regime do Apartheid, quando o país aderiu ao Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares (TNP) e aceitou completamente as salvaguardas internacionais.
De acordo com estimativas de 2012, obtidas pela Federação de Cientistas Americanos, existem mais de 17 mil ogivas nucleares no mundo, sendo que cerca de 4 300 delas são consideradas "operacionais", ou seja, estão prontas para uso. 
A manutenção de armas nucleares por estes países é uma chantagem ignóbil sobre a população mundial. Não pode haver a desculpa do “eu não destruo por que ele também não faz” ou “não o faz primeiro”. O lugar do armamento nuclear é no caixote do lixo. Ontem já era tarde. Não há armamento bom e armamento mau. Quem possui este tipo de armamento não pode quer construir um mundo pacífico, onde a cultura do medo não reine.


A 6 de agosto de 1945, a ciência desconhecia que tinha posto nas mãos de homens de coração impuro as chaves das portas do inferno. Passados setenta anos, elas continuam entreabertas, ameaçando gerações e gerações de pessoas. Enquanto não formos capazes de gerar o antídoto certeiro que destrua esta ameaça, todas as nossas conquistas serão sempre sub-conquistas de um mundo em sequestro.

Gabriel Vilas Boas.

Enola Gay
You should have stayed at home yesterday
Ah-ha words can't describe
The feeling and the way you lied

These games you play
They're going to end in more than tears some day
Ah-ha Enola Gay
It shouldn't ever have to end this way

It's eight fifteen
And that's the time that it's always been
We got your message on the radio
Conditions normal and you're coming home

Enola Gay
Is mother proud of little boy today
Ah-ha this kiss you give
It's never ever going to fade away

Enola Gay
It shouldn't ever have to end this way
Ah-ha Enola Gay
It shouldn't fade in our dreams away

It's eight fifteen
And that's the time that it's always been
We got your message on the radio
Conditions normal and you're coming home

Enola Gay
Is mother proud of little boy today
Ah-ha this kiss you give
It's never ever going to fade away

sábado, 22 de fevereiro de 2014

A RAPARIGA QUE ROUBAVA LIVROS



Gostei muito do filme " A Rapariga Que Roubava Livros”. 
Um filme em que a atriz Sophie Nélisse interpreta a personagem Liesel. Esta cria um novo sentido para a sua vida: roubar algo a que não consegue resistir - livros.



Liesel é uma rapariga adoptada, e aprende a ler já crescida, e que aquando dos bombardeamentos de Munique, no final da segunda guerra mundial, recita os livros para entreter os vizinhos e animar um Judeu que está escondido na sua cave e gravemente doente.
Os livros não são apenas algo que ama. Servem para estabelecer a ligação com o outro (vizinhos ou Judeu) e permite ao realizador mostrar que a humanidade triunfa sobre a animalidade da guerra.

Ao colocar o pai adotivo como o agente que incute em Liesel o vício de ler, o realizador (Brian Percival) quer mostrar que ensinar o prazer de ler é um ato de amor. Só um homem profundamente sensível pode esquecer as horríveis circunstâncias de guerra em que vive e centrar a sua atenção em algo tão delicado e profundo como o prazer de ler.

Noutra perspetiva podemos observar que afinal nem todos os vícios são maus!

Quando vemos este filme, não podemos deixar de notar e destacar a fantástica representação da actriz principal, Sophie Nélisse, que com 13 anos faz um excelente papel.

“A Rapariga que Roubava Livros” é um filme tocante que relata com mestria os tempos da Segunda Guerra Mundial e o que as pessoas sofreram com a morte ou a partida para outros locais dos seus entes queridos.


Este filme, para além de ter um fantástico enredo e contar com maravilhosos actores, tem também uma pequena particularidade: em vez de ser narrado por um narrador comum é narrado pela Morte que conta como encontrou as almas das personagens deste soberbo filme.

Sofia Saraiva