Tinha grandes expectativas em relação a este filme, mas elas saíram completamente goradas.
Baseado em facto verídicos, o filme recorda a história de Franz Jägerstätter (August Diehl), um fazendeiro austríaco católico, que durante a II Guerra Mundial se recusou a fazer o juramento de lealdade a Hitler quando foi chamado pela segunda vez para o Exército, invocando objeção de consciência. O ato valeu-lhe, e à família, serem ostracizados pela maior parte dos habitantes da sua aldeia, e um conflito com a sua igreja. Imperturbável perante qualquer tentativa, violenta ou institucional, para o fazer voltar atrás na decisão, nem sequer sob pena de não voltar a ver os pais, a mulher (Valerie Pachner) e as filhas, Jägerstätter foi preso, julgado em tribunal militar, condenado à morte e executado, em Agosto de 1943. Em 1971, Alex Corti fez um filme sobre ele para a televisão austríaca. Em 2007, foi considerado mártir da Igreja Católica pelo Papa Bento XVI e beatificado.
O filme é incompreensivelmente extenso (três horas), monótono e não questiona a atitude do protagonista como esperava que o fizesse.
Lento e arrastado, a película centra-se num relato feito a meias entre Franz e a sua mulher de uma história inusitada, mas que merecia um forte debate sobre a dignidade humana, os objetores de consciência durante a guerra, a consciência do bem e do mal assim como a inutilidade de determinadas atitudes, que, por muito justificadas e heroicas que sejam, produzem mais sofrimento sobre os inocentes que lhe aliviam as dores.
O realizador Terrence Malick absteve-se de discutir a atitude de Franz como se ela não merecesse discussão e merecia. Alongou um filme que não devia ir além de 90 minutos, deixou de traduzir ou até colocar em discurso direto importantíssimas falas, ao longo do filme, para se centrar em reflexões filosóficas repetitivas.
Perdeu-se uma ótima oportunidade de discutir um assunto interessantíssimo como o dos sacrifícios inúteis - em guerra como na vida!
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