Óleo s/tela, Sem título, 2014
A Silvina é uma amiga de sempre.
Lembro-a em tempos que já lá vão, nos bancos do recreio do muito nosso Colégio
de S. Gonçalo, sempre alegre e sorridente, a irradiar simpatia e uma eterna boa
disposição, que ainda hoje tão bem a caraterizam.
É fácil, muito fácil gostar da
Silvina. De discurso fluido, dona de um olhar negro cativante, prende a atenção
do interlocutor, qualquer que ele seja. Nascida no Marco de Canaveses, a 29 de
outubro de 1966, estudou em Amarante, onde também agora reside. Formou-se em
Desenho e Pintura na Escola Superior Artística do Porto-Árvore e em Estilismo,
pela Academia de Moda do Porto, tendo igualmente concluído uma pós-graduação
pelo IESF.
Para ela,” a arte é o instrumento da comunicação humana que permite ao
artista, através da sua sensibilidade, exteriorizar formas e cores, sentimentos
e emoções.”
A sua preferência recai sempre na pintura a
óleo. Aprecia a textura, o relevo, o cheiro, o brilho que emana das telas a que
dá vida. O óleo é, para ela, uma técnica mais acessível, mais fácil. Silvina
gosta sobretudo de o trabalhar com a espátula, num exercício de paixão e
arrebatamento mas também de paciência, até chegar ao preciosismo do pormenor
que pretende atingir.
O nu artístico é a sua temática de eleição.
Para ela, o nu “é rico e belo em si mesmo”. Ela pinta-o como ninguém, criando
imagens de sensibilidades muito próprias, onde o corpo assume centralidade e se
perde em diferentes formas e feitios. Estes nus inspiram o pensamento,
despertam emoções e porque não, criam ilusões.
Perde-se a conta às telas que já pintou, que já comercializou. As suas
exposições, individuais ou coletivas, são inumeráveis mas passaram pela nossa
cidade de Amarante e pelo Marco de Canavezes, tendo sido sempre um sucesso.
Óleo s/tela, Nu, 2014
O seu talento é visível nestas duas obras que
a artista disponibilizou para os nossos leitores. A primeira, Sem título,
inunda-nos de serenidade. O azul apazigua, os tons terra acalmam a caminhada em
direção a um horizonte infinito mas prometedor. A sensualidade está ali, a
chamar emoções escondidas ou até esquecidas, quer seja no cabelo revolto ou na
perna bem torneada que não hesita no caminho a tomar. O dia é cinzento, mas que
importa se tudo em redor é tão belo?
A tela Nu é mais densa. Pela cor, forte,
imponente, dominante, em contraste com um corpo alvo, inundado de luz, adormecido
suavemente porque também gentilmente protegido de panejamentos a lembrar
recatos e a provocar adivinhas.
Escrevo-vos de Amarante. Mais uma vez,
falo-vos de alguém que, embora não tenha nascido nesta belíssima cidade, a
adotou para si. E que foi bafejada pelas ninfas do Tâmega, em toque suave de
talento criador. Espero que gostem. Quanto a mim, deu-me imenso prazer escrever
estas linhas. Porque é de uma amiga que vos falo.
Rosa Maria Alves da Fonseca
Espetacular. A sensibilidade da sua alma, a leveza com que aplica a sua espátula e a harmonia que coloca nas cores fazem de si uma pintora nata.Beijinhos
ResponderEliminarGrande artista! Adoro a sua obra!
ResponderEliminarComo poderei arranjar o contacto de Silvia. Muito obrigada.
EliminarCaro (a) amigo(a), dado que não sei quem é nem tenho o seu contacto, a única maneira de o poder ajudar é indicando o link para o perfil da Silvina no Facebbok: https://www.facebook.com/silvinaisabel.miranda?pnref=friends.search
EliminarBom dia! Muito obrigada.
ResponderEliminar