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quarta-feira, 23 de julho de 2014

DA ARTE, DA PINTURA, DE SILVINA ISABEL MIRANDA

Óleo s/tela, Sem título, 2014

A Silvina é uma amiga de sempre. Lembro-a em tempos que já lá vão, nos bancos do recreio do muito nosso Colégio de S. Gonçalo, sempre alegre e sorridente, a irradiar simpatia e uma eterna boa disposição, que ainda hoje tão bem a caraterizam.
É fácil, muito fácil gostar da Silvina. De discurso fluido, dona de um olhar negro cativante, prende a atenção do interlocutor, qualquer que ele seja. Nascida no Marco de Canaveses, a 29 de outubro de 1966, estudou em Amarante, onde também agora reside. Formou-se em Desenho e Pintura na Escola Superior Artística do Porto-Árvore e em Estilismo, pela Academia de Moda do Porto, tendo igualmente concluído uma pós-graduação pelo IESF.
Para ela,” a arte é o instrumento da comunicação humana que permite ao artista, através da sua sensibilidade, exteriorizar formas e cores, sentimentos e emoções.”
A sua preferência recai sempre na pintura a óleo. Aprecia a textura, o relevo, o cheiro, o brilho que emana das telas a que dá vida. O óleo é, para ela, uma técnica mais acessível, mais fácil. Silvina gosta sobretudo de o trabalhar com a espátula, num exercício de paixão e arrebatamento mas também de paciência, até chegar ao preciosismo do pormenor que pretende atingir.
O nu artístico é a sua temática de eleição. Para ela, o nu “é rico e belo em si mesmo”. Ela pinta-o como ninguém, criando imagens de sensibilidades muito próprias, onde o corpo assume centralidade e se perde em diferentes formas e feitios. Estes nus inspiram o pensamento, despertam emoções e porque não, criam ilusões.
Perde-se a conta às telas que já pintou, que já comercializou. As suas exposições, individuais ou coletivas, são inumeráveis mas passaram pela nossa cidade de Amarante e pelo Marco de Canavezes, tendo sido sempre um sucesso.

Óleo s/tela, Nu, 2014

O seu talento é visível nestas duas obras que a artista disponibilizou para os nossos leitores. A primeira, Sem título, inunda-nos de serenidade. O azul apazigua, os tons terra acalmam a caminhada em direção a um horizonte infinito mas prometedor. A sensualidade está ali, a chamar emoções escondidas ou até esquecidas, quer seja no cabelo revolto ou na perna bem torneada que não hesita no caminho a tomar. O dia é cinzento, mas que importa se tudo em redor é tão belo?
A tela Nu é mais densa. Pela cor, forte, imponente, dominante, em contraste com um corpo alvo, inundado de luz, adormecido suavemente porque também gentilmente protegido de panejamentos a lembrar recatos e a provocar adivinhas.
Escrevo-vos de Amarante. Mais uma vez, falo-vos de alguém que, embora não tenha nascido nesta belíssima cidade, a adotou para si. E que foi bafejada pelas ninfas do Tâmega, em toque suave de talento criador. Espero que gostem. Quanto a mim, deu-me imenso prazer escrever estas linhas. Porque é de uma amiga que vos falo.


Rosa Maria Alves da Fonseca

5 comentários:

  1. Espetacular. A sensibilidade da sua alma, a leveza com que aplica a sua espátula e a harmonia que coloca nas cores fazem de si uma pintora nata.Beijinhos

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  2. Grande artista! Adoro a sua obra!

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    1. Como poderei arranjar o contacto de Silvia. Muito obrigada.

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    2. Caro (a) amigo(a), dado que não sei quem é nem tenho o seu contacto, a única maneira de o poder ajudar é indicando o link para o perfil da Silvina no Facebbok: https://www.facebook.com/silvinaisabel.miranda?pnref=friends.search

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  3. Bom dia! Muito obrigada.

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