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sábado, 19 de abril de 2014

GRAND BUDAPEST HOTEL


Recentemente vi o filme Grand Budapest Hotel e gostei muito, por causa da realização, do desempenho dos atores, da história, do humor irónico e da fotografia do filme, repleto de cenários maravilhosos.

O filme Grand Budapest Hotel, do realizador Wes Anderson conta as aventuras do consierge do Grand Budapest Hotel, Gustave H. (Ralph Fiennes) e do jovem paquete Zero (Tony Revolori) que se torna seu amigo. A história envolve o roubo e a recuperação de uma preciosa pintura renascentista e a luta por uma enorme herança, de Madame D (Tilda Swinton). Tudo acontece sob o cenário duma Europa que passa por inesperadas e dramáticas mudanças.A narração fica a cargo de Jude Law, que cumpre o papel com distinção, classe e requinte.

O Grand Budapest Hotel é um histórico edifício situado nas montanhas da (ficcional) República de Zubrowka e o epicentro das três eras históricas que seguimos ao longo de quase duas horas de filme. Algures nos anos 80, um escritor recorda como venceu o seu bloqueio criativo que ocorreu anos antes, durante sua estadia no decadente hotel titular, quando conheceu o melancólico Mr. Moustafa.


Depois dum encontro ocasional com o dono do Grand Budapest Hotel, o escritor navega pela extraordinária história de vida, morte, amor, coragem e vingança do atual dono do Hotel.
O mais proeminente habitante das suas memórias é Gustave H., o distinto concierge do Grand Budapest Hotel, mestre-de-cerimónias, sedutor de hóspedes, leitor e recitador de poesia romântica e emblema de uma era dourada na antecâmara da barbárie.


Sob a liderança estrita de Gustav H., o Grand Budapest Hotel era o destino de eleição para qualquer membro da alta sociedade europeia e nenhum hóspede se sentia desacompanhado. É, no entanto, quando uma das suas muito estimadas hóspedes morre inesperadamente que o carismático concierge e o seu paquete Zero se veem envolvidos numa embaraçosa aventura que envolve acusações cruzadas de homicídio e roubo, a recuperação de uma preciosa pintura renascentista e a luta por uma enorme fortuna de família.



O TRAÇO DO REALIZADOR
São vários os pequenos detalhes que completam a lista de imagens de marca do realizador: o tradicional humor screwball à Anderson, os seus habituais planos simétricos, as personagens peculiares com curiosos timings, cenários repletos de cor; animação em stop-motion, backgrounds em matte, uma banda sonora muito “Andersiana” do compositor Alexandre Desplat.

ELENCO DE LUXO
Grande parte do elenco de luxo não tem mais do que meras linhas de diálogo e ainda menos minutos de antena. Isto fez com que cada ator se dedicasse à sua personagem como um predador que jamais larga a sua presa. Nenhum deles era substituível, todos foram absolutamente necessários. Destaco todavia o protagonista, Mr. Gustave H., interpretado por Ralph Fiennes. Combinando a comicidade irónica com um toque trágico e nostálgico, o ator inglês criou uma figura deliciosamente excêntrica e profundamente melancólica que se torna instantaneamente um ícone. A química e dinâmica que cria com o jovem Tony Revolori (paquete Zero) parece uma trapaça irrepetível e congelada na nostalgia do tempo.
Entre os atores destaco ainda o excelente Jeff Goldblum, o surpreendente Adrien Brody e o genial Willem Dafoe.

HUMOR
Um dos traços mais marcantes do filme Grand Budapest Hotel é o seu fino e irónico humor. No entanto, faço notar que, por detrás do thriller cómico, está uma reflexão profunda sobre o desaparecimento da velha Europa culta e civilizada, as tragédias do colapso socioeconómico, o poder destrutivo do conflito bélico e um melancólico e trágico ensaio sobre a memória e a nostalgia.

PARTE TÉCNICA

Nesta vertente, estamos perante o melhor que o realizador Was Anderson já realizou. Do design de produção à banda sonora simbiótica de Alexandre Desplat, passando pelo luxuriante guarda-roupa, tudo se enquadra com a perfeição de uma obra renascentista na fotografia de Robert D. Yeoman.

Gabriel Vilas Boas

1 comentário:

  1. EXCELENTE!!! NÃO PODIA, DEIXAR DE VER ESTES VÍDEOS: THE GRAND BUDAPEST HOTEL! MARAVILHA GABRIEL! PARABÉNS.

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