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segunda-feira, 21 de abril de 2014

AO SOM DE... ALFREDO KEIL


Alfredo Keil é conhecido entre nós pelo facto de ser o autor de “A Portuguesa”, obra que se tornou oficialmente o Hino Nacional de Portugal, após a Implantação da República.
Alfredo Keil, descendente de alemães, nasceu em Lisboa em 1850 e morreu em Hamburgo em 1907. Foi, para além de compositor, pintor, poeta e arqueólogo, tendo feito os seus estudos na Alemanha. Em 1891 compôs A Portuguesa, com letra de Henrique Lopes de Mendonça. Não chegou a ter conhecimento da escolha da sua obra para Hino de Portugal, pois morreu em 1907, e só um ano após a proclamação da república, ou seja em 1911, é que A Portuguesa passou a ser o nosso Hino Nacional.
Na pintura, destacou-se como pintor de paisagens e de interiores. Na música, para além da sua obra mais conhecida e de grande sucesso,A Portuguesa, escreveu uma Marcha Fúnebre, várias peças para piano e três óperas, D. Branca, Irene e A Serrana. Foi um precursor do Nacionalismo musical português
Um dos seus netos, foi o conhecido arquiteto Francisco Keil do Amaral que casou com a pintora e ilustradora Maria Keil.

Para audição proponho a abertura da ópera D. Branca. Esta ópera apresenta uma abertura e quatro atos. Narra a paixão entre Aben-Afan, rei do Algarve e D. Branca, princesa a caminho de um convento em Espanha. Aben encontra a rainha das fadas e esta dá-lhe a escolher entre louro, ou seja a glória nos campos de batalha, ou murta, o amor e a felicidade para sempre, mas adverte-o que se escolher a murta nunca mais poderá escolher o louro. Aben escolhe a murta, mas ao passar por uma cidade cristã, julgando-o muçulmano, querem matá-lo. Eis que surge D. Branca que acalma os ânimos exaltados, levando a que Aben se apaixone por ela, mas  D. Branca segue para o convento, onde Aben a irá visitar com o intuito de a tirar de lá. Os dois saem a voar e alcançam o paraíso, mas nem tudo são rosas e um amigo de Aben avisa-o que o Algarve está a ser atacado por cristãos e o povo chacinado. Aben lembra-se do que lhe tinha dito a rainha das fadas. Depois de escolher a murta nunca poderia querer o louro, pois a murta secaria imediatamente, passando a sua vida a ser de grande sofrimento. D. Branca sente-se a morrer e no final, depois do ataque à cidade de Silves, Aben aparece moribundo, acabando por morrer e D. Branca também.
Margarida Assis

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