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sábado, 30 de dezembro de 2017

QUANDO A AMIZADE TRIUNFA SOBRE O MAIS PROFUNDO RESSENTIMENTO


Há mais de trinta anos, homens como Magic Johnson, Michael Jordan, Larry Bird, Scottie Pippen, Isiah Thomas tornaram-me um apaixonado do basquetebol. Jamais alguém interpretou aquele jogo como eles. 
Em 1992, nos Jogos Olímpicos de Barcelona, o grupo uniu-se para conquistar a medalha de ouro e deliciar o mundo do desporto com o seu virtuosismo único. No entanto, todos sabiam que faltava um elemento: Isiah Thomas, o magnífico «bad boy» dos Detroit Pistons, que se tinha zangado com Magic. Os outrora grandes amigos e rivais deixaram de se falar em 1991, quando Magic assumiu que era portador do vírus da Sida e Isiah Thomas teve um comentário infeliz, sugerindo que tal se tinha ficado a dever à orientação sexual de Magic Johnson. O jogador dos Lakers nunca perdoou a Isiah aquele comentário e os dois estiveram de costas voltadas mais de vinte e cinco anos.


O ressentimento foi tão grande que Magic nunca mais cumprimentou  nem falou com o ex-amigo, tendo mesmo usado todo o seu poder para vetar a justa convocatória de Isiah Thomas para os Jogos Olímpicos de Barcelona. Os anos passaram e a paz entre os dois nunca mais chegava, de tal modo que os amigos de ambos já dela tinha desacreditado na reconciliação.
Como um autêntico milagre de Natal, há pouco mais de uma semana, Thomas e Magic deram aquele abraço que estava em falta há mais de nove mil dias. Foi tempo a mais, mas quem via jogar Magic e o ouvia falar sabia que este dia tinha de acontecer. Toda aquela magia era um dom divino, totalmente incompatível como um coração de pedra.
GAVB

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