Entretanto os
contribuintes portugueses gastaram 15 mil milhões de euros. Para quê? Para
nada! Os bancos já não são portugueses ou não têm relevância económica. As
dívidas permanecem e não se evitou que que houvesse lesados dos BES, nem do
BANIF, nem do BPP e ainda há o caso do Montepio.
Durante oito anos foi-nos dito que não havia dinheiro, que
gastávamos acima das nossas possibilidades, que tínhamos de pagar por aquilo
que (não) usámos. Uma treta mil vezes repetida, que sempre soubemos ser uma
mentira, mas que aceitámos de cabeça baixa, porque não tivemos a coragem de
impedir que tal acontecesse.
Como dizia um jornalista de economia, aquando da discussão
do Orçamento de Estado para 2018, a resposta certa para as reivindicações dos
vários setores da sociedade portuguesa não é «não há dinheiro», mas sim, «há
opções». E as opções foram erradas. E quem as tomou não pagou por isso, mas fez-nos pagar.
Também é um dado claro que nem todos os portugueses sofreram
da mesma maneira. Durante alguns anos, uns ganharam catorze salários e outros doze,
uns tiveram cortes salariais e outros mantiveram os seus ordenados, uns
mantiveram o emprego e outros perderam-no.
Gastámos 15 mil milhões com a banca, mas perdemos os bancos,
que mesmo assim despediram funcionários e ficaram a dever fortunas aos clientes.
A principal lição a tirar é que não se deve tentar salvar o
que não tem salvação e que o dinheiro de todos não pode servir para encobrir as
colossais asneiras de alguns privilegiados.
Alguma vez um banco saudável tentou salvar um banco em
ruína? Claro que não. Eles sabem perfeitamente quando a situação já não tem
retorno. Quando se trata de bancos portugueses é quase sempre.
GAVB
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