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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

INFELIZMENTE AS TRAPALHADAS DO GOVERNO NÃO SÃO RARÍSSIMAS



Podem os governos aprisionar as oposições nos compadrios cruzados, que a verdade acaba quase sempre por se saber. O verdadeiro confronto parte da comunicação social, que amplifica as queixas e as suspeitas nascidas nas redes sociais ou nos blogues.
O caso de Paula Brito e Costa revela bem como todo a entourage do Bloco Central dos Interesses estava comprometida, até ao osso, com esta forma despudorada de gerir o dinheiro público. 
E os governantes não aprendem nada com as lições do passado. Hoje tudo é escrutinado, verificado, farejado, com a avidez de quem se especializou em escândalo e vive deles.

Paula Brito e Costa, a raríssima, já afundou um secretário de estado e acabará por consumir Vieira da Silva, um ministro da velha guarda, que terminará da pior maneira a sua carreira política. 
Temendo que as trapalhadas governativas consumam em lume brando um governo desorientado e cheio de telhados de vidro, o PS já terá dado Vieira da Silva como «perdido» ou «descartável». Apesar de Marcelo dizer que não se deve julgar ninguém sem antes se investigar e António Costa dizer que mantém total confiança política em Vieira da Silva, O PS já o deu à morte, pois foi o próprio partido que apoia o governo a pedir a “audição imediata do ministro para que lhe sejam feitas todas as perguntas e lhe seja dada a possibilidade de dar todas as respostas que tem o DEVER de dar”.


Acho que já poucos, entre os socialistas, conseguem perceber como Vieira da Silva não viu nenhum problema nas contas da Raríssimas entre 2013-2015, quando era vice-presidente do Assembleia Geral da Associação ou deixou que Paula Brito e Costa apresentasse a Raríssimas como uma Fundação, quando apenas era uma associação. Vieira da Silva esteve na assinatura de um protocolo entre a Raríssimas e a sueca Agrenska Foundation, em que Paula Brito e Costa, com grande desplante e ousadia, fez passar a Raríssima por aquilo que não era.
Vieira da Silva terá enorme dificuldade em explicar como é que a Raríssimas não tem dinheiro para atalhar a compromisso básicos, quando o governo quadruplicou os seus donativos para a associação.
É por coisas como estas que os deputados do PS não podem estar tranquilos e muito menos satisfeitos.
Vieira da Silva cairá, sem honra nem glória. 
Infelizmente, a doença do governantes não é raríssima, apenas vulgaríssima, mas não há maneira de tomarem um medicamente normalíssimo – vergonha na cara.

GAVB  

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