“Se nos deixarmos cair, se baixarmos os braços, o que pode acontecer
ao PSD é aquilo que já aconteceu a outros grandes partidos noutros países.” –
Rui Rio.
A pouco mais de um mês das eleições no PSD, vai tristinha a
campanha entre Santana Lopes e Rui Rio. Os candidatos não conseguem entusiasmar
a imprensa, as televisões ou as rádios para o debate político interno, tão táticos
que estão, pois, ao contrário do que seria suposto, a eleição não serão favas
contadas para ex. autarca portuense.
Rui Rio pode saber governar com acerto, mas não consegue mobilizar, convencer, criar uma expectativa de mudança. Estas afirmações
de Rio eram perfeitamente dispensáveis. Elas são uma confissão de medo e
impotência política, disfarçadas de alerta.
Rui Rio tem de ter mais noção do que diz e do momento em que
o faz. A democracia portuguesa tem mais de quarenta anos e durante ela o PSD já
teve duas maiorias absolutas sozinho. É um partido de poder e com quadros
relevantes na sociedade portuguesa.
Desaparecer? Porquê? Mas algum dos pequenos
partidos, à direita ou à esquerda, está em franca ascensão? Por ventura o PS,
que governa apesar de não ter sido o partido mais votado das últimas eleições, está
a maravilhar o povo com a sua governação? É verdade que não são o diabo, como
disse Pedro Passos Coelho, mas está muito longe de ser o céu.
Ainda há poucos
meses o partido esperava, com ar de gozo, que a geringonça se espetasse na
primeira curva, e agora é o PSD que corre o risco de se tornar insignificante?
Por outro lado, as afirmações de Rio são um atestado de menoridade
… a ele! Então não era ele a grande e derradeira esperança do partido? Não era
Rio a reserva moral do PSD e o único que podia captar votos ao centro e até à esquerda? O que vemos é um Rui Rio medroso, errático, cheio de tática
política, sem se pronunciar sobre as grandes opções políticas e sociais que o
governo vai tomando.
Rui Rio é melhor que Santana Lopes e até é possível que seja
um bom primeiro-ministro, se algum dia lá chegar, mas até ao momento tem sido
uma grande desilusão como candidato à liderança do seu partido. As suas últimas
declarações parecem mais de um homem abatido e descrente e, se não mudar de
vida, vai ter… vida curta.
GAVB
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