Etiquetas

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

RUI RIO DIZ QUE O PSD PODE DESAPARECER. ENTÃO, NÃO ERA ELE O SALVADOR DO PARTIDO?


Se nos deixarmos cair, se baixarmos os braços, o que pode acontecer ao PSD é aquilo que já aconteceu a outros grandes partidos noutros países.” – Rui Rio.

A pouco mais de um mês das eleições no PSD, vai tristinha a campanha entre Santana Lopes e Rui Rio. Os candidatos não conseguem entusiasmar a imprensa, as televisões ou as rádios para o debate político interno, tão táticos que estão, pois, ao contrário do que seria suposto, a eleição não serão favas contadas para ex. autarca portuense.

Rui Rio pode saber governar com acerto, mas não consegue mobilizar, convencer, criar uma expectativa de mudança. Estas afirmações de Rio eram perfeitamente dispensáveis. Elas são uma confissão de medo e impotência política, disfarçadas de alerta.

Rui Rio tem de ter mais noção do que diz e do momento em que o faz. A democracia portuguesa tem mais de quarenta anos e durante ela o PSD já teve duas maiorias absolutas sozinho. É um partido de poder e com quadros relevantes na sociedade portuguesa. 

Desaparecer? Porquê? Mas algum dos pequenos partidos, à direita ou à esquerda, está em franca ascensão? Por ventura o PS, que governa apesar de não ter sido o partido mais votado das últimas eleições, está a maravilhar o povo com a sua governação? É verdade que não são o diabo, como disse Pedro Passos Coelho, mas está muito longe de ser o céu. 
Ainda há poucos meses o partido esperava, com ar de gozo, que a geringonça se espetasse na primeira curva, e agora é o PSD que corre o risco de se tornar insignificante?

Por outro lado, as afirmações de Rio são um atestado de menoridade … a ele! Então não era ele a grande e derradeira esperança do partido? Não era Rio a reserva moral do PSD e o único que podia captar votos ao centro e até à esquerda? O que vemos é um Rui Rio medroso, errático, cheio de tática política, sem se pronunciar sobre as grandes opções políticas e sociais que o governo vai tomando.
Rui Rio é melhor que Santana Lopes e até é possível que seja um bom primeiro-ministro, se algum dia lá chegar, mas até ao momento tem sido uma grande desilusão como candidato à liderança do seu partido. As suas últimas declarações parecem mais de um homem abatido e descrente e, se não mudar de vida, vai ter… vida curta.

GAVB

Sem comentários:

Enviar um comentário