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sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

O PERNIL NÃO ESTAVA SUFICIENTEMENTE MADURO

Tantos anos de entendimento entre Venezuela e Portugal e poucos de nós sabiam que o Natal dos venezuelanos se fazia com pernil de porco português. Sócrates devia ter contado esta história de Natal ao juiz Carlos Alexandre e talvez este se tivesse comovido um pouco mais. Foi preciso Nicolás Maduro ter acusado Portugal da sabotagem ao pernil de Natal para aprendermos algo sobre aquele povo sul-americano.
Claro que os portugueses reagiram com um largo sorriso à desculpas de mau pagador de Maduro, porque o problema foi mesmo - falta de pagamento. Só no ano passado ficaram por pagar 40 milhões de euros em pernil de porco.

Depois de desfeiteada a primeira mentirinha de Natal, o presidente venezuelano apontou baterias para os EUA, o grande satã imperialista, que terá ordenado a paragem do pernil na Colômbia. Provavelmente isto no tempo do Sócrates tinha-se resolvido com uns telefonemas entre os dois líderes e Carlos Santos Silva tinha feito de intermediário, mas agora é preciso pagar e em cash.
O caso do pernil português é elucidativo do ponto de degradação económica, social, política e moral a que chegou a Venezuela, país onde falta tudo… até no Natal. Em vez de resolver o problema, o presidente venezuelano continua a “amadurecer” no poder e por lá quer permanecer até apodrecer totalmente um economia paralisada por causa das suas decisões.

O problema da Venezuela não é ideológico nem de modelo económico, mas tão-somente o apego ao poder de um homem que se julga o salvador da pátria, mas apenas consegue ser o seu coveiro.
Nicolás Maduro aproveita-se da ignorância do seu povo, da pouca informação a que tem acesso e dos preconceitos políticos que lhe foi inculcando para reinar no meio da miséria.
Neste Natal, os problemas de Maduro já chegaram ao pernil de porco; a questão que se coloca para 2018 é saber até onde terão de descer mais os venezuelanos para pôr Maduro a dar ao pernil.

GAVB

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