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sexta-feira, 29 de abril de 2016

DANÇA



A par do Teatro e da Música, a Dança é uma das três artes cénicas da antiguidade e comemora hoje o seu Dia Mundial.
Já no Antigo Egipto ou na Grécia, encontramos diversas formas de utilização do corpo quer através de movimentos previamente definidos (coreografias), quer através de movimentos improvisados na própria altura (dança livre), integradas nos mais diversos espetáculos.
No entanto, já na Pré-história o Homem apresentava manifestações que se poderiam considerar como Dança, uma vez que efetuava batimentos com os pés no chão. Com o passar dos tempos descobriu que poderia passar a utilizar outro tipo de percussões corporais, tais como as palmas. A Dança que por esta altura servia como uma forma de comunicar com uma Divindade que o Homem não entendia muito bem, mas que estava bem presente na sua vida, rapidamente deixou de ter apenas esse papel de “meio de comunicação”, para ter também uma componente lúdica.

Ballet, é o nome dado a um estilo de dança que nasceu nas cortes da Itália renascentista durante o século XV e que se desenvolveu ainda mais na Inglaterra, Rússia e França, como uma forma de dança de concerto. As primeiras apresentações diante da plateia eram feitas com o público sentado em camadas ou galerias, disposto em três lados da pista de dança. Eram realizadas, principalmente, com o acompanhamento de música clássica.
O Ballet é um tipo de dança que possui uma forma altamente técnica e um vocabulário próprio. É um género de dança muito difícil de dominar e que requer muita prática. Ele é ensinado em escolas próprias em todo o mundo, servindo a sua técnica como a base fundamental para todos os tipos de dança.

Conforme foi anteriormente referido, o Ballet surgiu no século XV (durante a Renascença) nas cortes italianas, embora o seu desenvolvimento tenha sido maior nas cortes francesas, no século XVII, durante o reinado de Luís XIV, facto que se refletiu diretamente no vocabulário que ainda hoje é utilizado no Ballet – os nomes dos passos são em francês. Apesar das grandes reformas de Noverre no século XVIII, o Ballet entrou em declínio na França depois de 1830, continuando no entanto a ser aperfeiçoado na Dinamarca, Itália e Rússia.
Às vésperas da Primeira Guerra Mundial este gênero de dança foi reintroduzido na Europa Ocidental por uma companhia russa – os Ballets Russes de Sergei Diaghilev, que veio a ser influente em todo o mundo. A companhia de Diaghilev rapidamente se tornou no destino de muitos dos bailarinos russos treinados que fugiam da fome e da agitação que se seguiu à revolução bolchevique. Estes bailarinos trouxeram muitas das inovações coreográficas e estilísticas que tinha florescido com os czares, de volta ao seu lugar de origem.

No século XX, o Ballet continuou a desenvolver-se e teve uma forte influência sobre a chamada dança de concerto. Por exemplo, nos Estados Unidos, o coreógrafo George Balanchine desenvolveu o que hoje é conhecido como Ballet Neoclássico. Os desenvolvimentos posteriores mais conhecidos incluem o chamado Ballet Contemporâneo (entre outros), visto no trabalho de coreógrafos como William Forsythe ou Pina Bausch, apenas para citar alguns.
O Ballet Clássico é o mais metódico dentre todos os estilos de dança e também é o que mais adere às técnicas de dança tradicionais. Existem algumas variações em relação à área de origem deste género, entre elas, o Ballet russo, francês, italiano e dinamarquês.

Os estilos mais conhecidos de Ballet são o método russo, o método italiano, o método dinamarquês, o método Balanchine ou método New York City Ballet e os métodos Royal Academy of Dance e Royal Ballet School, derivados do método Cecchetti.
As primeiras sapatilhas de Ballet tinham as pontas terrivelmente pesadas para permitir que a bailarina ficasse na ponta dos pés facilmente e aparentasse leveza. Mais tarde ela foi convertida na atual constituição, onde uma “caixa” abriga a ponta dos pés da bailarina e lhe dá suporte para manter o equilíbrio.
O Ballet Contemporâneo é uma forma de dança influenciada pelo Ballet Clássico e pela dança moderna. Utiliza a técnica e o trabalho nas pontas dos pés vindos do Ballet Clássico, muito embora se permita uma maior amplitude de movimentos que não são comuns nas escolas tradicionais de Ballet. Muitos de seus conceitos vêm de ideias e inovações ocorridas na dança moderna do século XX.
Seja como for, dançar seja qual for o estilo – e hoje em dia há-os para todos os gostos – é algo que faz bem ao corpo e à mente. De forma profissional, de forma lúdica, seja rigoroso naquilo que faz e exigente consigo próprio. Procure profissionais devidamente habilitados para o efeito porque, como em muitas áreas da sociedade atual, o que mais não falta são “artistas habilidosos” que se fazem passar por professores altamente competentes e que mais não fazem do que vender “gato por lebre”.

Por isso, aceite novamente o meu conselho, e hoje em particular – dance!!!
Paulo Santos Silva

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