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quarta-feira, 27 de abril de 2016

FERNÃO DE MAGALHÃES DESCOBRE A GLÓRIA E A MORTE, “PACIFICAMENTE”


Fernão Magalhães é um daqueles heróis que Portugal não mereceu. Morreu cedo, mas alcançou bastante, em pouco tempo. A História fez-lhe a justiça que os seus lhe negaram, obrigando-o a oferecer os seus préstimos de navegador experimentado ao inimigo castelhano.
A par de Cristóvão Colombo, Fernão Magalhães é a glória de Portugal esbanjada e dada gratuitamente ao «inimigo». Felizmente para Portugal, Fernão Magalhães não renegou a pátria que não o apoiou e mesmo trabalhando para Carlos V foi como português que descobriu o mais calmo dos oceanos, depois de atravessar o estreito que hoje tem o seu nome. A sua navegação em busca das Molucas por ocidente, permitiu-lhe cometer o feito de ser o primeiro homem a fazer a primeira viagem de circum-navegação ao globo, inscrevendo o seu nome na História e na Geografia mundiais.

Infelizmente, o infortúnio que o perseguiu durante toda a vida também esteve presente na sua morte. A 27 de abril de 1521 foi morto quando tentava converter ao cristianismo um chefe tribal na pequena ilha de Mactan, nas Filipinas atuais. Só um navio da sua expedição regressou a Sevilha, com apenas dezoito dos 234 homens que partiram e por isso foi outro (Sebastian del Cano) a receber os louros devidos ao transmontano que fez História contra a corrente da época.
Vale a pena voltar a olhar para a História de Fernão Magalhães e aprender algo com ela. As oportunidades estão muitas vezes onde menos se espera assim como os heróis, os grandes feitos, as descobertas mais assombrosas. Talvez por isso seja sempre benéfico apostar em quem se propõe rasgar horizontes, sejam eles de que tipo forem.
Os Magalhães de hoje estão nas universidades e nas empresas. Não repitamos a infeliz decisão do rei Dom Manuel I, que ofereceu ao adversário a glória que deveria ser portuguesa.

Gabriel Vilas Boas 

1 comentário:

  1. Ridículo... "glória ao adversário", foi um feito excelente para a história, espanhol ou português tanto faz, estranho alguém se importar com uma rivalidade de quinhentos anos atrás.

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