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quarta-feira, 13 de abril de 2016

O MELHOR DA ARQUITETURA PORTUGUESA EM PARIS



À boleia de Amadeo Souza-Cardoso, cuja obra os franceses conhecem melhor que os portugueses, a Fundação Gulbenkian leva a Paris desde ontem o melhor da arquitetura portuguesa espalhada pelo mundo, dos últimos cinquenta anos.
Os universalistas – 50 anos de Arquitetura portuguesa é uma exposição dos cinquenta melhores projetos arquitetónicos assinados por arquitetos portugueses nas últimas cinco décadas. Nuno Grande, comissário da exposição, leva à capital francesa as maquetas, os desenhos, as fotos de obras tão emblemáticas como o Museu da Fundação Ibêre Camargo, no Brasil (Siza Vieira); O Estádio do Povo, em Bagdad (Keil do Amaral e Carlos Manuel Ramos); o Crematório de Uitzicht, na Bélgica (Eduardo Souto Moura); a Sede do Governo do Barbante Flamengo, na Bélgica (Gonçalo Byrne); O Teatro-Auditório de Poitiers, em França (João Luís Carrilho da Graça) – que mostram o que de melhor a arquitetura ofereceu ao mundo.

Teatro-Auditório de Poitiers
Através desta exposição, Nuno Grande pretende demonstrar o carácter universalista da arquitetura portuguesa e provocar os franceses e a sua arquitetura tão concentrada no conceito iluminista.
A arquitetura portuguesa é universalista não apenas por estar presente nos quatro cantos do mundo mas também porque os projetos dos seus arquitetos souberam adaptar-se e incorporar a cultura e o lugar onde se inseriram. A arquitetura portuguesa foi e é universalista porque soube integrar as diferenças culturais dos diversos povos, fazendo dessa síntese uma mais-valia dos projetos.
Quem for à Cite de l’Arquiteture & du Patrimoine, perto da Torre Eiffel, verá plantas, projetos originais, fotografias das obras dos monstros sagrados da arquitetura portuguesa e perceberá como eles mantiveram, através da sua arte, o carácter universalista da alma portuguesa que afirma a sua diferença respeitando culturas.
Evidentemente que espero que esta magnífica exposição venha para Portugal e percorra o país. Desejo ardentemente que seja mostrada à juventude portuguesa, especialmente àquela que almeja seguir arquitetura para que tenha um primeiro contacto com os mestres que a inspirará no futuro.
Gabriel Vilas Boas

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