Magritte é um pintor surrealista belga que
recebeu a sua educação em Bruxelas, depois completada pelas viagens que efectuou pela Europa: França, Grã-Bretanha, Holanda, Alemanha. Entre 1927 e 1930, viveu
perto de Paris, contactando com o grupo surrealista francês. Contudo, ao longo
da Segunda Guerra Mundial, pintou várias obras impressionistas. Viveu em
Bruxelas e pintou várias pinturas murais para diversos edifícios públicos
belgas.
Esta obra do pintor surrealista belga
Magritte apresenta uma paisagem da qual existem diversas versões, embora esta
tenha sido realizada exclusivamente para o Museu Real de Belas Artes de
Bruxelas. O artista apresentou nela a realidade imediata, como a árvore o
candeeiro, o céu, a casa ou a água.
Magritte transmite a sensação de se estar
a observar uma paisagem misteriosa. Esta obedece, em parte, ao facto de o céu
claro e sem nuvens ser próprio da meia tarde enquanto um candeeiro de rua
ilumina duas janelas de uma das fachadas da casa.
Magritte joga com o espectador, pois este
não sabe, ao certo, se se trata de uma paisagem diurna ou noturna, já que podem
encontrar-se elementos que defendem ambas as hipóteses. Deste modo, o pintor
belga consegue evocar uma atmosfera poética fantástica, que converte a obra
numa composição absolutamente mágica.
Nesta pintura, aprecio dois pormenores: o
candeeiro e os reflexos de luz na água. O candeeiro (elemento de modernidade e
usado pela primeira vez pelos impressionistas) ilumina a fachada da casa ao
mesmo tempo que provoca magníficos reflexos de luz na água.
A água possui umas cores maravilhosas.
Podemos observar as cores rosa e verde das janelas reflectidas na água escura.
Ver os quadros de Magritte entre outras
preciosidades dos Museus Reais de Belas-Artes, em Bruxelas, é uma muito boa
razão para visitar este pequeno país do centro da europa.
Gabriel Vilas Boas
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