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sábado, 26 de março de 2016

PAZ ENTRE O EGITO E ISRAEL, 1979



A 26 de Março de 1979, Jim Carter sorriu perante aquele aperto de mãos que selava a paz: Anwar Sadat e Menachem Begin trocavam aquele braço que finaliza meses de negociações e punha fim a séculos de intolerância.
Seis meses antes (setembro de 1978) decorreram reuniões substantivas destinadas à assinatura de um tratado de paz israelo-egípcio no refúgio presidencial de Camp David, na sequência do gesto de paz do presidente egípcio Sadat, em novembro de 1977 – quando fugiu para Jerusalém e se dirigiu ao Knasset israelita.
Graças a estas negociações, Sadat e o primeiro-ministro israelita Begin partilharam o prémio Nobel da Paz em 1978.

O acordo bilateral de 1979 permitiu o reconhecimento mútuo dos dois países e a retirada das forças israelitas da península do Sinai, que Israel ocupava desde a Guerra desde a Guerra dos Seis Dias em 1967. Não resolveu a questão dos Territórios Ocupados nem dos Palestinianos, e Israel continuou a ser encarado com hostilidade na região; no entanto não houve guerra em larga escala entre Israel e os seus vizinhos árabes desde 1979.
Devido aos seus esforços pela paz, Sadat foi assassinado por militares descontes durante uma parada militar em 1981.

Naquele dia luminoso, o discurso de Sadat foi particularmente impressivo: «Hoje uma nova alvorada emerge da escuridão do passado. Nunca os homens haviam travado uma disputa tão complexa, que está carregada de emoções. Nunca os homens precisaram de tanta coragem e imaginação para enfrentar um só desafio. Nunca uma causa despertara tanto interesse nos quatro cantos do globo.
… Que não haja mais guerras nem derramamento de sangue entre árabes e israelitas. Que não haja mais sofrimento nem negação de direitos. Que não haja mais desespero nem perda de fé. Que nenhuma mãe lamente a perda do seu filho. Que nenhum jovem desperdice a sua vida num conflito do qual ninguém beneficia. Trabalharemos juntos até chegar o dia em que ekles transformem as suas espadas em rabiças de arados e as suas lanças em podões. E Deus apela à morada da paz. Ele guia quem Lhe apraz que siga o Seu caminho.”

E a mim apraz-me sempre o caminho da PAZ.   

GAVB

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