A 26
de Março de 1979, Jim Carter sorriu perante aquele aperto de mãos que selava a
paz: Anwar Sadat e Menachem Begin trocavam aquele braço que finaliza meses de
negociações e punha fim a séculos de intolerância.
Seis
meses antes (setembro de 1978) decorreram reuniões substantivas destinadas à assinatura
de um tratado de paz israelo-egípcio no refúgio presidencial de Camp David, na
sequência do gesto de paz do presidente egípcio Sadat, em novembro de 1977 –
quando fugiu para Jerusalém e se dirigiu ao Knasset israelita.
Graças
a estas negociações, Sadat e o primeiro-ministro israelita Begin partilharam o
prémio Nobel da Paz em 1978.
O
acordo bilateral de 1979 permitiu o reconhecimento mútuo dos dois países e a
retirada das forças israelitas da península do Sinai, que Israel ocupava desde
a Guerra desde a Guerra dos Seis Dias em 1967. Não resolveu a questão dos Territórios
Ocupados nem dos Palestinianos, e Israel continuou a ser encarado com
hostilidade na região; no entanto não houve guerra em larga escala entre Israel
e os seus vizinhos árabes desde 1979.
Devido
aos seus esforços pela paz, Sadat foi assassinado por militares descontes
durante uma parada militar em 1981.
Naquele
dia luminoso, o discurso de Sadat foi particularmente impressivo: «Hoje uma nova alvorada emerge da escuridão do
passado. Nunca os homens haviam travado uma disputa tão complexa, que está
carregada de emoções. Nunca os homens precisaram de tanta coragem e imaginação
para enfrentar um só desafio. Nunca uma causa despertara tanto interesse nos
quatro cantos do globo.
… Que não haja mais guerras nem
derramamento de sangue entre árabes e israelitas. Que não haja mais sofrimento
nem negação de direitos. Que não haja mais desespero nem perda de fé. Que
nenhuma mãe lamente a perda do seu filho. Que nenhum jovem desperdice a sua
vida num conflito do qual ninguém beneficia. Trabalharemos juntos até chegar o
dia em que ekles transformem as suas espadas em rabiças de arados e as suas
lanças em podões. E Deus apela à morada da paz. Ele guia quem Lhe apraz que
siga o Seu caminho.”
E a
mim apraz-me sempre o caminho da PAZ.
GAVB
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