Monet realizou esta pintura numa das suas
temporadas, no verão de 1867, na casa que o seu primo; Paul-Eugene Lecadre,
tinha em Saint-Adresse, perto do Havre. De todas as pinturas dedicadas ao tema
do jardim da herdade, que realizou nesse verão, esta é provavelmente a mais
importante. A mulher de costa, vestida de branco com sombrinha, poderá ser a
mulher do seu primo.
É
importante referir que esta pintura é uma das obras mais precoces do
impressionismo, podendo antever-se aqui uma série de aspetos relacionados com
esta tendência artística. Em primeiro lugar, trata-se de uma pintura onde a
captação da atmosfera é decisiva, não apenas do ponto de vista luminoso mas
também cromático.
Por outro lado, de um ponto de vista
técnico há que assinalar que a obra de Monet foi concretizada utilizando
pinceladas curtas, dinâmicas e com alguma quantidade de empaste, o que confere
à pintura dinamismo.
No seu todo, pode afirmar-se que se trata
de uma obra alegre e positiva. O jardim está cheio de flores coloridas e as
árvores estão repletas de uma cor intensa e variada. Nesta pintura, Claude
Monet captou a natureza em todo o seu esplendor e vida.
Se quisermos focar mais pormenorizadamente
a nossa atenção sobre este óleo do pintor francês, temos de destacar dois
elementos: a figura feminina e as flores no centro do jardim. A mulher vestida de branco integra-se
perfeitamente na paisagem, conferindo-lhe um carácter humano, o que a torna
mais próximo do espectador.
No centro da composição pictórica, Monet
pintou uma árvore rodeada de flores brancas e um canteiro de flores
vermelhas, cuja cor é exaltada pela luz de verão que o artista sabe captar
muito bem.
Apesar de este quadro ser de Monet, ele
pertence à coleção do Museu Hermitage, situado em São Petersburgo, na Rússia, tal como
acontece com outros grandes quadros de pintores franceses, espanhóis e
holandeses, o que demonstra o grande poder económico dos czares assim com a sua
enorme sensibilidade artística.
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