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quinta-feira, 5 de novembro de 2015

OS QUATRO CONTINENTES, de Peter Paul Rubens


Artista prolífico e diplomata ativo, Rubens viajou bastante, o que também o tornou amicíssimo de muitos governantes europeus – dois dos quais o armaram cavaleiro.
Rubens era igualmente um pintor muito culto, incluindo frequentemente referências clássicas nas suas pinturas alegóricas. Acredita-se que esta tela de 1625 representa os quatro continentes da África, da Ásia, da Europa e da América.
Os vasos caídos são atributos dos antigos deuses que habitavam os rios dos países – os deuses são vistos a descansar debaixo de uma proteção, servidos por mulheres nuas. Uma tigresa representa o rio Tigre enquanto vários putti brincam com um crocodilo, que é o símbolo do rio Nilo.
Obviamente que o elemento-chave desta composição de Rubens são os continentes. Os quatro continentes eram temas populares entre os artistas barrocos, como por exemplo o fresco que Tiepolo pintou no teto, em 1750, intitulado “Apolo e os continentes”.
Os jesuítas também gostavam do tema, pois isso era altamente benéfico para a sua intenção de espalhar a fé católica. Os continentes era muitas vezes personificados como deuses dos rios e podem aparecer como indígenas ou reclinados como animais onde jorra a água - uma cabeça velada, por exemplo, indica que a fonte do rio era desconhecida.
África pode usar coral e aparecer junto de uma esfinge, um leão ou um elefante. As Américas podem vestir-se como caçadores com um elmo emplumado, com moedas que representam os seus ricos recursos naturais. A Ásia pode surgir com um camelo, um rinoceronte, um elefante ou palmeiras exóticas; a Europa pode ser um touro ou um cavalo, pode ter na mão uma cornucópia ou usar a coroa da supremacia ou então pode aparecer rodeada de figuras representando as artes.



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