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quarta-feira, 18 de novembro de 2015

O REVOLUCIONÁRIO GUILHERME TELL, 1307




A 18 de novembro de 1307, Guilherme Tell, do cantão suíço de Uri, recusou tira o chapéu a um outro colocado no poste da cidade pelo meirinho austríaco Gessler. Obrigou Guilherme Tell a disparar uma besta contra uma maçã colocada na cabeça do seu filho Walter, situado à distância de cem metros. Apesar de Tell ter acertado na maçã, Gessler mandou prendê-lo, mas Guilherme fugiu, montou uma emboscada e matou Gessler. Daqui nasceu uma revolta contra a regência austríaca, patrocinada por Guilherme Tell.




Esta é a lenda de Guilherme Tell, tal como foi contada, pela primeira vez, por Aegidius Tschudi, por volta do ano de 1570. No entanto, não há provas da real existência de Tell ou da grande revolta que supostamente terá liderado. Todavia esta lenda tornou-se fundamental para a identidade suiça depois de o dramaturgo alemão Schiller a ter adotado.






«Gessler: Então Tell, já que a cem metros podes
Fazer cair a maçã da árvore, poderás
Provar-me a tua perícia. Toma o meu arco –
Empunha-o com as tuas mãos – prepara-te e depois
Faz cair a maçã da cabeça do rapaz!
Mas ouve este conselho, olha bem para o teu alvo,
Assegura-te que atinge a maçã à primeira,
Porque, se falhares, o custo é a tua cabeça…

Walter: Pai, não cedas perante aquele homem mau!
Diz, aonde tenho de ficar? Não tenho medo;
O meu pai acerta na asa da ave,
E não falhará agora, quando poderia ferir o seu filho!

… Pensas que temo
Uma seta vinda da mão de meu pai? Nunca!
Esperarei por ela firmemente, sem pestanejar!
Depressa, pai, mostra-lhes o que esse arco pode fazer.
                                         Ela duvida da tua perícia – pensa que pode arruinar-nos.
                                            Dispara então e acerta, para despeitar o tirano!»

Friedrich Schiller 

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