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sábado, 28 de novembro de 2015

SPECTRE, O NOVO FILME DE JAMES BOND


Os filmes de James Bond estão para o cinema um pouco como a coca-cola está para as bebidas: uma fórmula de sucesso, que apaixona cinéfilos ou simples apreciadores de um bom filme de ação e suspense, geração após geração, como se o tempo fosse incapaz de derrubar o seu poder sedutor. É assim há mais de cinquenta anos e não é por «Spectre» que a linhagem sofrerá danos de imagem. Antes pelo contrário, pois estamos perante um dos melhores filmes do ano na categoria dos thrillers.

«Spectre» tem tudo o que se espera de um filme de James Bond: ação, mistério, suspense, aventura, inovação tecnológica, belas mulheres, a tradicional luta entre o bem e o mal adaptada ao momento, uma mensagem forte sobre a qual vale a pena refletir e, claro, um desempenho notável do protagonista.
Em «Spectre», James Bond (Daniel Craig) vai à cidade do México com a missão de eliminar Marco Sciarra (Alessandro Cremona), sem que o seu chefe, M (Ralph Fiennes), tenha conhecimento. Isto faz com que seja suspenso temporariamente das suas atividades e que Q (Bem Whishaw) instale no seu sangue um localizador que permite ao governo inglês saber sempre em que parte do mundo ele está. Apesar deste handicap, Bond conta com a ajuda de um dos seus colegas na organização para poder continuar a investigar a origem duma misteriosa organização chamada Spectre.

Daniel Craig vai no seu quarto filme, igualando Pierce Brosnan e ameaçando os míticos Sean Connery e Roger Moore. Neste filme, Craig interpreta um James Bond que parte em missão pessoal, em busca do recado da antiga M, tentando encontrar o líder da maior organização criminosa internacional.
O filme só não supera o anterior, Skyfall, porque desta vez Sam Mendes não acertou na banda sonora. A voz de Adéle, potente, decidida, doce, combinava na perfeição com a mítica personalidade de James Bond enquanto Sam Smith tem uma voz demasiado delico-doce para filmes deste calibre.
Quanto a Daniel Craig está cada vez melhor dentro do fato da personagem que Ian Fleming criou em 1953: homem alto, moreno, caucasiano, de olhar penetrante, viril, sedutor, com idade entre os 33 e os 40, charmoso, elegante, inteligente, destemido e sempre rodeando de belas mulheres.

Por falar em Bond Girls (Monica Bellucci, bela como sempre), elas estão presentes, mas o realizador não faz delas um eixo fundamental da ação. Esse papel fica para o vilão de serviço, Christoph Waltz, que desempenha o papel de Ernest Stavro Blofeld, líder da organização criminosa Spectre. Talvez a realização queira que o espectador fica com mais do que 150 minutos de pura adrenalina e suspense, e passe à reflexão de assuntos tão relevantes como o poder que a espionagem e a informação têm no mundo atual e na vida de cada indivíduo, a importância da ética no mundo da espionagem e o supremo valor do humano face à máquina.
Gabriel Vilas Boas 

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