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segunda-feira, 14 de novembro de 2016

O PROFESSOR-PAPAGAIO



Para o fim da saga do professor-animal, ficou o tipo de professor com que mais me identifico.
O professor-papagaio é um professor que baseia as suas aulas na Relação. 
Ele vê a vida como uma festa maravilhosa e convida os seus alunos a disfrutá-la a partir da sala de aulas.

Nas aulas do professor-papagaio, as emoções e os adjetivos andam à solta e são um material a que o docente recorre com frequência para influenciar a turma. Para este tipo de professor, mais importante que informar é comunicar e para isso ele precisa de ativar as emoções dos seus alunos!

Com frequência, os alunos consideram o professor-papagaio simpático, divertido, entusiasmado com aquilo que ensina e otimista face às capacidades dos seus alunos. Por vezes, até demasiado otimista…
O ritmo das aulas deste professor é rápido, como o das aulas do professor-águia, mas o caminho seguido é bem diferente. O professor-águia segue um raciocínio linear enquanto o professor-papagaio pensa e fala em teia, ou seja, está constante a relacionar conhecimentos e emoções para chegar a um determinado objetivo. Para um aluno-águia, este tipo de professor é um tormento, além do excesso de fogo-de-artifício das suas aulas. Alguns pensam até que o seu professor tem uma certa vocação para as artes circenses e que toda aquela expansividade era desnecessária.

No entanto, um professor-papagaio não vive sem a alegria (emoção-base) e aquilo que mais o motiva é a relação que estabelece com os seus alunos. Adora contar histórias e por isso tornar a matéria uma “história fabulosa” onde todos os conhecimentos estão conectados entre si e os alunos deles fazem parte como atores.

O professor-papagaio é um professor influente, mas deve vigiar-se, pois o excesso das suas forças pode transformar-se na sua fraqueza.
Por exemplo, ao criar um ambiente de aprendizagem divertido, o professor-papagaio pode não estar a proporcionar um estrutura de aprendizagem suficientemente sólida aos alunos que precisam dela. Outro perigo que este tipo de abordagem de aula provoca é não seguir uma ordem lógica, que muitos alunos necessitam para se orientar.

Agora que os quatro bichos estão apresentados, fica a faltar a pergunta óbvia:
Que tipo de professor é você?

Gabriel Vilas Boas

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