Para o fim da saga do professor-animal, ficou o tipo de
professor com que mais me identifico.
O professor-papagaio é um professor que baseia as suas aulas
na Relação.
Ele vê a vida como uma festa maravilhosa e convida os seus alunos a
disfrutá-la a partir da sala de aulas.
Nas aulas do professor-papagaio, as emoções e os adjetivos
andam à solta e são um material a que o docente recorre com frequência para
influenciar a turma. Para este tipo de professor, mais importante que informar é
comunicar e para isso ele precisa de ativar as emoções dos seus alunos!
Com frequência, os alunos consideram o professor-papagaio
simpático, divertido, entusiasmado com aquilo que ensina e otimista face às
capacidades dos seus alunos. Por vezes, até demasiado otimista…
O ritmo das aulas deste professor é rápido, como o das
aulas do professor-águia, mas o caminho seguido é bem diferente. O
professor-águia segue um raciocínio linear enquanto o professor-papagaio pensa
e fala em teia, ou seja, está constante a relacionar conhecimentos e emoções
para chegar a um determinado objetivo. Para um aluno-águia, este tipo de
professor é um tormento, além do excesso de fogo-de-artifício das suas aulas.
Alguns pensam até que o seu professor tem uma certa vocação para
as artes circenses e que toda aquela expansividade era desnecessária.
No entanto, um professor-papagaio não vive sem a alegria
(emoção-base) e aquilo que mais o motiva é a relação que estabelece com os seus
alunos. Adora contar histórias e por isso tornar a matéria uma “história fabulosa” onde
todos os conhecimentos estão conectados entre si e os alunos deles fazem parte
como atores.
O professor-papagaio é um professor influente, mas deve
vigiar-se, pois o excesso das suas forças pode transformar-se na sua fraqueza.
Por exemplo, ao criar um ambiente de aprendizagem divertido,
o professor-papagaio pode não estar a proporcionar um estrutura de aprendizagem
suficientemente sólida aos alunos que precisam dela. Outro perigo que este tipo
de abordagem de aula provoca é não seguir uma ordem lógica, que muitos alunos necessitam para se orientar.
Agora que os quatro bichos estão apresentados, fica a
faltar a pergunta óbvia:
Que tipo de professor é você?
Gabriel Vilas Boas
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