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terça-feira, 22 de novembro de 2016

COSTA ANDA A PÔR AS CONTAS DA CÂMARA DE LISBOA NOS “CARRIS”


Paulatinamente, sem fazer muito alarido, António Costa anda a limpar a enorme dívida da Câmara Municipal de Lisboa (CML) à custa do governo.
Primeiro, “obrigou” o governo de Passos Coelho a comprar por 286 milhões de euros os terrenos do aeroporto de Lisboa, quando o anterior governo pretendia privatizar a ANA; agora dá, numa bandeja de prata, a gestão da Carris ao seu anterior «vice» e futuro candidato à CML, Fernando Medina, responsabilizando o Estado central pela monstruosa dívida de 813 milhões de euros.


Quando saiu da CML, Costa deixou a Medina capacidade de endividamento de 300 milhões para Medina gastar como lhe aprouvesse; a poucos meses das eleições assume a dívida da Carris, mas deixa a gestão ao amigo Fernando Medina, para este poder dar os presentes de Natal que quiser aos lisboetas. E Medina não se faz rogado: viagens de autocarro grátis até aos 12 anos, os idosos passam a pagar praticamente metade do que pagavam (de 26,75 euros para 15 euros); renovação de frota; aumento de funcionários; investimento de 60 milhões de euros em três anos. E onde vai Medina buscar este dinheiro, havendo uma expectável baixa de receitas? À capacidade de endividamento que Costa lhe deixou em herança; à isenção de pagamento dos juros da dívida da Carris.

Em poucos anos, A CML vai voltar a ter a dívida que tinha antes do governo lhe comprar os terrenos do aeroporto e nessa altura ninguém se lembrará que a CML (e quem a governou) durante esta década estoirou trezentos milhões de euros em obras de embelezamento e investimento eleitoral do PS & limitada.
Entretanto, o PSD anda à procura de candidato, Assunção não reage e Costa vai ajeitando a vida do governo, da CML, do PS e dos amigos.

Gabriel Vilas Boas

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