Foto da Agência Lusa APS |
Do
Bosque Para O Mundo é uma peça de teatro para crianças sobre
o drama dos refugiados, que estreia daqui a 48 horas, no Teatro São Luís, em
Lisboa.
A iniciativa da dupla Inês Baranhona (texto) e Miguel
Fragata (encenação) é extremamente interessante, porque concentra a atenção no
público-jovem, convidando-o à reflexão do problema humanitário, social e
político mais importante dos nossos tempos.
Para que tal aconteça, Inês Baranhona criou uma história
protagonizada por duas crianças afegãs, Farid e Reza, enviadas para Londres
pela mãe, mas que serão separadas durante o percurso.
Ciente que a peça se destina a um público muito jovem,
Miguel Fragata socorreu-se de algumas estratégias cénicas inventivas para contextualizar
conceitos fundamentais como “refugiado”, “asilo”, “traficante”, “regras dos
países europeus”.
Mais difícil de explicar será, certamente, a razão da
forçada separação de dois irmãos, as dificuldades em obterem autorização para
entrar em Inglaterra, a impossibilidade de terem a companhia dos pais. Há
coisas que uma criança não entende e que um adulto também não deveria entender:
a maldade, a desumanidade, o horror a tudo o que é estrangeiro…
Quer dramaturga quer encenador confiam que as crianças portuguesas,
que verão esta peça, consigam encontrar pontos comuns com as personagens e
sejam capazes de refletir no drama de Farid e Reza como algo que deve ser
evitado, no futuro, mas que lhes pode acontecer.
A ideia de criar uma peça de teatro, sobre o tema dos refugiados, para crianças é muito interessante e pedagógica, pois fornece às crianças e
jovens uma interpretação mais ampla e mais humana das notícias em que reparam
desleixadamente e ajuda-os a formar uma consciência cívica sobre um assunto
que, infelizmente, também lhes diz respeito.
Depois de Lisboa, espero que a peça possa percorrer outras
cidades do país, de maneira a que mais público juvenil veja esta primeira
abordagem teatral de um tema que faz sangrar a sociedade europeia.
Gabriel Vilas Boas
Estas fotos têm direitos de autor, mas creio que desde o seu começo, este blogue tem mantido essa direita. Só espero que os textos também não sejam plágio.
ResponderEliminarÉ muito difícil responder a uma pessoa que não se identifica, mas vou tentar: é verdade que uso fotos que estão em vários sítios da internet; se há um autoria explícita, identifica-o, se não há, não o faço. As imagens procuram completar o texto, nunca me referi a elas como minhas. Quanto à insinuação final, ficava-lhe bem ler os textos, provar o que diz e assinar.
Eliminar