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domingo, 20 de novembro de 2016

DO BOSQUE PARA O MUNDO

Foto da Agência Lusa APS

Do Bosque Para O Mundo é uma peça de teatro para crianças sobre o drama dos refugiados, que estreia daqui a 48 horas, no Teatro São Luís, em Lisboa.
A iniciativa da dupla Inês Baranhona (texto) e Miguel Fragata (encenação) é extremamente interessante, porque concentra a atenção no público-jovem, convidando-o à reflexão do problema humanitário, social e político mais importante dos nossos tempos.

Para que tal aconteça, Inês Baranhona criou uma história protagonizada por duas crianças afegãs, Farid e Reza, enviadas para Londres pela mãe, mas que serão separadas durante o percurso.

Ciente que a peça se destina a um público muito jovem, Miguel Fragata socorreu-se de algumas estratégias cénicas inventivas para contextualizar conceitos fundamentais como “refugiado”, “asilo”, “traficante”, “regras dos países europeus”.
Mais difícil de explicar será, certamente, a razão da forçada separação de dois irmãos, as dificuldades em obterem autorização para entrar em Inglaterra, a impossibilidade de terem a companhia dos pais. Há coisas que uma criança não entende e que um adulto também não deveria entender: a maldade, a desumanidade, o horror a tudo o que é estrangeiro…

Quer dramaturga quer encenador confiam que as crianças portuguesas, que verão esta peça, consigam encontrar pontos comuns com as personagens e sejam capazes de refletir no drama de Farid e Reza como algo que deve ser evitado, no futuro, mas que lhes pode acontecer.

A ideia de criar uma peça de teatro, sobre o tema dos refugiados, para crianças é muito interessante e pedagógica, pois fornece às crianças e jovens uma interpretação mais ampla e mais humana das notícias em que reparam desleixadamente e ajuda-os a formar uma consciência cívica sobre um assunto que, infelizmente, também lhes diz respeito.

Depois de Lisboa, espero que a peça possa percorrer outras cidades do país, de maneira a que mais público juvenil veja esta primeira abordagem teatral de um tema que faz sangrar a sociedade europeia.

Gabriel Vilas Boas 

2 comentários:

  1. Estas fotos têm direitos de autor, mas creio que desde o seu começo, este blogue tem mantido essa direita. Só espero que os textos também não sejam plágio.

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    1. É muito difícil responder a uma pessoa que não se identifica, mas vou tentar: é verdade que uso fotos que estão em vários sítios da internet; se há um autoria explícita, identifica-o, se não há, não o faço. As imagens procuram completar o texto, nunca me referi a elas como minhas. Quanto à insinuação final, ficava-lhe bem ler os textos, provar o que diz e assinar.

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