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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

A MORTE DE CLEÓPATRA


Cleópatra é uma das figuras da História Antiga mais apaixonantes. Para muitos ela representa os encantos e os perigos do Oriente. Misteriosa, arrebatadora, sedutora, ela está tão ligada à história do Egito como à de Roma e de Marco António.
A data de 12 de Agosto é aceite como a da sua morte, que ocorreu no ano 30 a.C. O historiador romano Plutarco, ao escrever mais de um século depois dos acontecimentos, produziu um relato intenso e memorável da história de António, César Otaviano (mais tarde Augusto) e de Cleópatra, a última rainha do Egito antes de o seu país se tornar uma província romana.

A sua narrativa, bem conhecida na Europa do século XVI, inspirou a tragédia de Shakespeare António e Cleópatra.
Plutarco conta que «Cleópatra pediu a César que a autorizasse a aspergir António. Quando o pedido foi concedido, abraçou o amado dizendo “António, sepultei-te com as mãos ainda livres; agora venero-te como cativa, e tão bem guardada que não posso nem com golpes nem com lágrimas, desfigurar este meu corpo, que é o corpo de uma escrava…”
Cingiu a urna, depois preparou uma refeição sumptuosa. E chegou um homem do campo que trazia um cesto com um prato cheio de figos. Depois de comer, Cleópatra pegou numa placa selada e enviou-a a César, e em seguida mandou sair toda a gente, exceto duas mulheres. Fechou as portas.

Quando César abriu a placa percebeu o que tinha acontecido… Enviou mensageiros para investigar, mas apesar de irem a correr, encontraram Cleópatra morta em cima de um divã dourado, vestida de rainha.

Diz-se que a áspide vinha escondida debaixo dos figos, pois Cleópatra dera ordens nesse sentido, para que o réptil se lhe enrolasse no corpo sem que ela desse por isso. Quando ela tirou os figos e o viu, desnudou o braço e expô-lo à mordedura. No entanto, outros afirmam que a áspide vinha fechada num jarro de água e que quando Cleópatra o mexeu com uma roca dourada o réptil enrolou-se-lhe no braço. Mas a verdade ninguém sabe.»

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