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segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A ERUPÇÃO DO VESÚVIO


24 de agosto, 79 d.C.
A devastadora erupção do vulcão Vesúvio, que destruiu Pompeia, Herculano e outras cidades próximas, foi observada de perto pelo naturalista e comandante naval, Plínio, o Velho, que, quando ajudava os amigos a fugir, se tornou a vítima mais memorável da catástrofe natural. Quase trinta anos depois, o seu sobrinho e secretário, Plínio, o Moço, escreveu este relato numa carta ao historiador Tácito.

«Por volta da uma da tarde, a minha mãe quis que ele (Plínio, o Velho) observasse uma nuvem de tamanho e formato invulgar. Subia a uma grande altura, assemelhando-se a um pinheiro com um tronco muito alto e com ramos dispersos no cimo. Isto era ocasionado, imagino, pela súbita corrente de ar que o impelia, cuja força diminuía à medida que ele subia, ou porque a nuvem se expandia e subia com o seu próprio peso. Tinha pontos de luz e de sombra, consoante a quantidade de terras e cinzas.
Este fenómeno pareceu tão extraordinário a um homem de tal saber que ele ordenou que se aprontasse um navio leve. Mas recebeu uma mensagem de Rectina, mulher de Bassus; porque da villa dela no sopé do monte Vesúvio só era possível fugir para o mar.

Ele mudou de planos; ordenou que as galés fossem lançadas ao mar para acudir não só Reclina, como a outras pequenas cidades ao longo daquela bela costa. Enquanto outros fugiam, ele dirigiu-se para o perigo, com tal presença de espírito que conseguiu ditar o que observava sobre todos os fenómenos daquela cena assustadora. (…) Eles corriam o risco de serem sepultados pelo súbito recuo do mar e também por uma massa informe que rolava pela montanha e obstruía a costa. O timoneiro aconselhou-o a voltar mas Plínio respondeu: “A sorte protege os audazes; ruma a Stabiae, onde está Pomponianus.”»  


Nesse dia a bela Pompeia, cidade italiana situada perto de Nápoles, desapareceu assim como milhares de pessoas, entre as quais Plínio, o Velho. Quase dezassete séculos depois, um extraordinário arqueológico permitiu achar novamente Pompeia no exato estado em que o Vulcão a tapou. Depois de numerosas escavações foi possível devolver aos olhos humanas uma cidade do período dourado do Império Romano e que hoje é Património da Humanidade.

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