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sábado, 15 de março de 2014

SPIELBERG

Spielberg é o realizador do povo.
O cineasta norte-americano, nascido um ano após o fim da II Grande Guerra Mundial, é responsável por alguns dos cem melhores filmes da História do Cinema.
Cineasta, argumentista, produtor, empresário, Spielberg é autor de grandes sucessos de bilheteira como "Tubarão"; "Indiana Jones e os Salteadores da Arca Perdida"; "Indiana Jones e o Templo Perdido"; "Indiana Jones e a Última Cruzada"; "E.T. – Extraterrestres"; "Jurassic Park"; "O Resgate do Soldado Ryan"; "A lista de Schindler"; "Lincoln".
Spielberg não é um realizador genial, mas o seu talento é superlativo. Ele soube perceber que o cinema, no último quartel do século XX, se tinha transformado numa máquina de fazer dinheiro onde o marketing tinha um papel decisivo. O cinema dos anos 80 e 90, de que Spielberg é expoente máximo no campo da realização, deixou o purismo da arte pura para se tornar mais entretenimento. Por isso, os seus filmes são um compromisso entre a obra do artista e aquilo que o público deseja ver.
Esta fusão entre entertainer e artista está presente, por exemplo, em "E.T. Extraterrestres", onde o reconhecimento do público em nada diminui a mestria do filme.
Spielberg percebeu antes que qualquer outro que havia um enorme público interessado nas grandes produções (como é o caso da trilogia de Indiana Jones), onde os heróis fazem coisas espantosas e nunca vistas. Spielberg teve a sagacidade de as filmar usando o que de mais avançado havia de efeitos especiais. Ora isso exerceu um fascínio magnético sobre o público.
As melhores personagens de Spielberg são como versões elaboradas dos heróis das séries em que jovens aventureiros não têm medo do desconhecido. O seu herói mais comum gosta da descoberta e por isso a cena fulcral e mais típica, em muitos dos seus filmes, é a revelação das maravilhas que o herói descobriu. Isto é muito evidente em qualquer um dos seus filmes sobre Indiana Jones.
Além dum herói típico, os filmes de Spielberg têm também uma imagem-mestra, que exprime a maneira como o realizador vê a realidade. A imagem-mestra do autor do Resgate do Soldado Ryan é a luz que entra pela porta, o que sugere a ideia de brilho e mistério vindos do exterior. Isto é muito evidente nos filmes "Encontros Imediatos", "E.T. – Extraterrestres" e "Indiana Jones e o Templo Perdido", por exemplo. Ao contrário de muitos realizadores, o mistério não está na escuridão, mas na fonte de luz, pois para ele o mistério anuncia promessas em vez de ameaças.              
     O primeiro grande êxito de bilheteira de Spielberg, Tubarão (1975), revolucionou a História do cinema, na medida em que implicou um orçamento nunca visto, mas também lucros brutais. A partir daí, o cinema deixou de ser apenas a expressão da arte do cineasta conjugada com a maravilhosa evolução da técnica, para também passar a ser lucrativo negócio e entretenimento.
                Talvez porque os seus filmes fossem apenas vistos como sucessos de bilheteira, a Academia de Hollywood foi adiando o inevitável reconhecimento da sua obra cinematográfica. De tal modo que certa vez Spielberg gracejou: “Estou convencido que o envelope que continha a minha nomeação se perdeu!” Não perdeu em 1993, quando a sua Lista de Schindler ganhou sete óscares, onde estavam incluídos o de melhor realizador, melhor filme e melhor argumento. Cinco anos mais tarde, voltaria a triunfar na realização com "O Resgate do Soldado Ryan" e mais recentemente o seu "Lincoln" venceu a categoria de melhor ator. Além dum realizador do povo, Spielberg tornava-se num realizador de causas.
                Como referi no início, Spielberg é muito talentoso, mas não um génio. É possível detetar algumas imperfeições nos seus filmes: a montagem por vezes é muito rápida; não é muito bom na fotografia feminina; é intricado; gosta mais da câmara do que da história. No entanto as suas virtudes são claramente superiores: sabe mexer com o subconsciente do espetador, assegura sempre um alto nível de qualidade nos seus filmes e, quando os seus filmes funcionam, funcionam em todos os níveis a que um filme pode chegar.
                Spielberg é uma das figuras mais influentes do cinema dos últimos trinta anos. Fez filmes muito bons e outros menos bons. Se é certo que os seus piores filmes abusam dos efeitos especiais e apoiam-se em histórias superficiais, os melhores focam diretamente os nossos sonhos e o que de melhor o ser humano tem.

 Gabriel Vilas Boas.


2 comentários:

  1. SPIELBERG, NORTE AMERICANO, É CONSIDERADO UM DOS MELHORES REALIZADORES DO MUNDO. GOSTEI DO VÍDEO... PARABÉNS GABRIEL!!!

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  2. SPIELBERG, NORTE AMERICANO, É UM DOS MELHORES REALIZADORES DE CINEMA DO MUNDO!!! GOSTEI DO VÍDEO... PARABÉNS GABRIEL!!!

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