Praça é
um sítio de Excelência dentro da cidade. É o espaço das pessoas. Lá se reúnem,
lá se manifestam, comemoram, convivem. Centro cívico, social, cultural. Com
frequência se torna num espaço económico ou político.
Eu gosto de as imaginar como um lugar icónico das
sociedades de todos os tempos. A definição mais usual diz-me que são um espaço
público destinado ao recreio, lazer e convívio das pessoas. Nelas não deve
haver qualquer tipo de edificações.
Na América do Sul, nomeadamente no Brasil, a praça
tem no seu interior um jardim, enquanto na Europa predomina o conceito de praça seca, ou seja, a praça é um largo
redondo, retangular ou quadro. São deste estilo as mais emblemáticas praças de
Espanha, Itália ou Portugal.
Historicamente, o conceito de praça remonta à Ágora grega. Ela era o espaço público de excelência dos gregos, pois lá se concentrava a vida social, cultural e política, já que em seu redor se dispunham os edifícios públicos e privados de referência na polis. É nela que o grego convive com o outro para comprar coisas nas feiras, onde ocorrem as discussões políticas e os tribunais populares. É portanto o espaço da cidadania. Por este motivo a Ágora era considerada o símbolo da democracia ateniense. À Ágora sucederia o Fórum romano. Praça rectangular era o centro da vida pública romana, lá se realizavam os discursos políticos, eleições, processo criminais, confrontos entre gladiadores, as principais trocas comerciais. Os romanos adotaram o modelo e a relevância social, política e cultural que os gregos tinham dado à sua Ágora.
Historicamente, o conceito de praça remonta à Ágora grega. Ela era o espaço público de excelência dos gregos, pois lá se concentrava a vida social, cultural e política, já que em seu redor se dispunham os edifícios públicos e privados de referência na polis. É nela que o grego convive com o outro para comprar coisas nas feiras, onde ocorrem as discussões políticas e os tribunais populares. É portanto o espaço da cidadania. Por este motivo a Ágora era considerada o símbolo da democracia ateniense. À Ágora sucederia o Fórum romano. Praça rectangular era o centro da vida pública romana, lá se realizavam os discursos políticos, eleições, processo criminais, confrontos entre gladiadores, as principais trocas comerciais. Os romanos adotaram o modelo e a relevância social, política e cultural que os gregos tinham dado à sua Ágora.
Com a chegada da Idade Média, as praças foram
perdendo o seu estatuto de centro administrativo e político, sobressaindo como
emblema arquitetónico duma cidade. Aconteceu assim com a famosa Piazza del
Campo, em Siena, com o famoso Campanile (campanário) e onde se encontram os frescos de Simoni Martini e Ambrogio Lorenzetti, os relevos da Fuente Gaia de Jacopo della Quercia. Nesta praça
também está a alta Torre del Mangia.
Piazza del campo, Siena. |
Ainda em Itália, destacaria a Piazza Magiorre de Bolonha, que é muito ampla e bonita. Através dela podemos aceder ao maravilhoso mercado medieval, uma das principais atrações da cidade de Bolonha.
O período barroco imporá a sempre majestosa Praça de
S. Pedro, no Vaticano, onde o elemento religioso se impõe de maneira
avassaladora.
Em Espanha as praças afirmam-se pela sua grandiosidade e
monumentalidade. Na capital destacam-se a Praça Cibeles e Plaza de Espanha e a
Plaza Mayor. Esta é uma praça portificada, de planta retangular, completamente rodeada de edifícios. Existem nove entradas para a praça.
Plaza Mayor, Madrid |
Por toda a Espanha, a praça assume um papel primordial enquanto elemento urbanístico e arquitetónico das cidades. Quando visito uma cidade espanhola, as praças são locais que tento logo visitar. Por fim, Lisboa e a sua neoclássica Praça do Comércio. Talvez a mais emblemática e bonita das praças portuguesas. Virada para o rio, recebe a magnífica luz de Lisboa. Entrada nobre de Lisboa, tem em fundo o famoso Cais das Colunas, onde os cacilheiros deixam os passageiros depois de mais uma travessia do Tejo. Para desfrutar da sua beleza e imponência deve-se observá-la do rio, num final de tarde de primavera ou verão. É um espetáculo inolvidável.
Praça do Comércio, Lisboa |
Em suma, as praças são o coração das cidades. Por isso, elas devem ser locais com identidade e com alma, ondas as pessoas se apropriem do lugar, criando laços emocionais, sem esquecer que esta deverá ser para todos. Portanto é bom que elas também sejam espaços de inclusão.
Gabriel Vilas Boas
E não falaste da Place des Voges, a praça perfeita, a primeira que eu procurei em Paris, no Marais. Tinha-a visto numa revista durante a minha adolescência e não mais me saiu da cabeça. Um must de proporcionalidade.
ResponderEliminarNão falei, mas vou falar. Quer dizer, escrever, ehehehe. Um dia destes!. Prometo.
ResponderEliminarA Praça, alma e coração das cidades. Já visitei muitas, mas volto sempre à de Lisboa, rendida ao Tejo. Inigualável. Encantadora. Enigmática. Avassaladora. Bom fim de semana, Gabriel.
ResponderEliminarRosa Maria Fonseca
A luz e o Tejo valorizam muito a Praça do Comércio.O que só vem confirmar que a arquitetura é tanto mais bela quanto sabe dialogar com os vários elementos naturais que a rodeiam. Não achas, Rosa Fonseca?
ResponderEliminarA Praça do Comércio é uma das maiores Praças da Europa, mais conhecida por Terreiro do Paço. Já visitei muitas, mas esta para mim a mais Encantadora e Especial... é o Coração da Cidade de Lisboa!!! Com o seu Arco Triunfal da Rua Augusta que tantas saudades deixou... foi durante anos um espaço destinado ao convívio, criando laços de Amizade. Adoro Lisboa!!!
ResponderEliminarÉ como dizes, Ana: as praças destinam-se ao convívio. Por isso há que criar motivos para ele e mobiliário urbano que permita esse convívio.
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