O governo português é muito à frente em matéria de inovação
política: depois de ter inventado a geringonça como forma de governo, agora
sugere a criação de três novos impostos europeus, como forma de contornar o
Brexit, ou seja, a saída do Reino Unido da União Europeia e a consequente baixa
de receitas a distribuir pelos vários estados membros.
Taxa digital, taxa verde e taxa sobre transações financeiras
internacionais. Logo três de uma só vez, para a Europa perceber que esta coisa
do milagre português só se fez com a imaginação do costume.
“Taxar até tombar” parece ser a receita do governo
socialista sempre que surge um problema. No entanto, esta é uma solução
preguiçosa e perigosa. A economia de mercado europeia já está sobrecarregada de
taxas e mais taxas, quando o princípio para que foi criada pretendia exatamente
o contrário.
Este sinal que o governo português passa para o exterior não
me parece positivo nem acho que vá ter o êxito desejado. Primeiro, dá a ideia
de um governo sem imaginação e com pouca fé na robustez do seu modelo
económico, de tal maneira que tem sempre de lançar mão de medidas excecionais
para qualquer contrariedade; por outro lado, grande parte da economia europeia assenta nas transações financeiras internacionais. As maiores
e mais poderosas empresas são bancos e seguradoras. Não acho que haja
unanimidade em taxá-los mais um pouco.
No fundo, as nossas propostas mostraram apenas o eterno
vício português de resolver tudo com impostos. Normalmente só remenda… e mal!
os portugueses sao uns manços ,mas o resto da europa nao !!!!!
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