E como qualquer empréstimo é preciso devolvê-lo em bom estado.
A esperança é um bem essencial a qualquer pessoa, a qualquer
sociedade. Saber usá-la é saber fazê-la crescer. Cresce melhor em grupo, porque
se multiplica, mas o fator de multiplicação pode ser uma única pessoa.
A capacidade de multiplicar esperança não é um dom, mas um
talento. Só se nota quando é trabalhado.
A esperança de uma vida melhor, da superação dos obstáculos,
de atingir objetivos vem do trabalho e da gestão inteligente das expectativas.
Por isso é que há pessoas eternamente céticas e descontentes, a quem a vida sempre
lhes deve algo, e pessoas extremamente confiantes e determinados, para quem a
vida é uma mar de oportunidades.
Admiro e sigo aqueles que sabem irradiar esperança, em qualquer
área da sociedade. Da política à economia, da arte à educação, sem esquecer a
vida afetiva.
Como lhes agradecer esse preâmbulo de felicidade coletiva
que escreveram para nós? Concretizando essa esperança em ação. Olho então para as inúmeras possibilidades de
ação e vejo oportunidades e perigos.
As oportunidades estão na diversidade de que somos feitos,
na aceitação da diferença, no diálogo entre gerações, povos e filosofias de
vida. A arte é morada perfeita para a oportunidade.
Os perigos são a estúpida
mania de ver tudo a preto e branco, querer saber sempre quem é o maior, quem
ganha e quem perde. Nesse reino da exclusão, qualquer esperança definha
facilmente.
Ao contrário do que muitas vezes supomos, estamos
constantemente a jogar com o valioso empréstimo que a felicidade nos fez. O problema
é que uns querem devolvê-lo rapidamente enquanto outros têm inúmeros projetos
para ele.
Qual é o teu projeto?
GAVB
Subscrevo o que escreveu e acrescento,enquanto professora, que é esta esperança que importa trabalhar com os alunos e não limitá-los, teinando-os a identificarem apenas o preto e branco.
ResponderEliminarObrigada pela partilha.
Isabel Moura