O GEOTA (Grupo de estudos de
Ordenamento do Território e Ambiente) desafiou os autarcas cujos concelhos são
atravessados pelo rio Tâmega a assinar uma declaração em prol do rio Tâmega.
Dos vários autarcas contactados, apenas o Fernando Gomes, do CD/PP de Mondim de
Basto assinou o documento, até ao momento.
É um taticismo político que
não entendo e acho reprovável, especialmente no que diz respeito aos políticos
amarantinos, cuja possível construção da Barragem de Fridão modificará por
completo a cidade de Amadeo e Teixeira de Pascoaes
Um candidato que se preze deve
dizer à população do seu concelho o que realmente pensa sobre um assunto tão
importante, ainda que não tenha poder de decisão sobre ele. Assinar um
documento não vinculativo é um apenas um pequeno passo, mas revela muito da
coragem política de quem está à frente de uma Câmara como a de Amarante ou se
candidata a ela.
Há poucos dias, realizou-se o
Mimo, em Amarante, com um êxito assinalável. O renomado cantor brasileiro Rodrigo Amarante
exibiu um cartaz elucidativo “Vota Tâmega”. É verdade que para um cantor
estrangeiro é muito fácil defender uma causa tão nobre e tão cool. Fica bem, os
fãs adoram, dá bons títulos jornalísticos e não há responsabilidade política
nenhuma. À população também é fácil. Para um político não é tão fácil, mas para
fazer coisas fáceis não precisávamos de decisores políticos.
Todavia, nunca foi tão fácil como agora
conseguir anular o projeto da Barragem de Fridão, no Tâmega.
Na verdade, o problema é
apenas o dinheiro que a EDP adiantou ao Estado português, durante o governo de
José Sócrates.
Para não avançar com a construção da Barragem, a EDP quer ser
ressarcida desse dinheiro, caso contrário avança, pois já que investiu procura retirar algum lucro desse investimento.
Ao
governo não convém nada devolver o dinheiro e o mal que pode fazer à população
de Amarante é-lhe quase indiferente. Ao presidente da Câmara de Amarante é que
não pode ser indiferente! Este é o momento de lutar por uma cidade ameaçada por
uma barragem monstruosa, qual espada permanente sobre a cabeça dos amarantinos
em época de cheias.
A cidade das belas margens,
onde o perfume da natureza contagia os turistas a visitá-la, durante o verão, será então uma miragem e não haverá possibilidade de voltar atrás tão depressa. Todo o esforço que atualmente se
faz de colocar a cidade no mapa cultural do país sofrerá um rude golpe, sem
remissão.
Se um político em estado de
graça não tem coragem de assumir a luta pela preservação do coração da sua
cidade, então, talvez não mereça a confiança dos seus conterrâneos. Afirmar
Amarante é dar a cara por aquilo que a cidade tem de mais precioso, como é o
caso do rio Tâmega. Não é fazer de conta, não é fugir ao problema. Afirmar
Amarante é defender o rio Tâmega sem tibiezas.
Rodrigo Amarante não tem apenas um belo nome,
também tem belos ideais; já um político sem ideais rapidamente descamba para o
cinismo.
GAVB
Completamente de acordo e digo mais...o estado de graça do Presidente da Câmara de Amarante é de tal ordem que,parafraseando o Salvador Sobral,sendo um comentário,na ocasião pouco digno.mas assumiu o erro,mas como estava a dizer ,parafraseando o mesmo,se o Presidente da Câmara da nossa tão linda Princesa do Tâmega desse um p....!!!ou resolvesse baixar as calças até em pleno Largo de S.Gonçálo em dias de música,acho que a maioria dos Amarantinos aplaudiriam,não tenho dúvidas!!!Veja-se também o que está a ser "vandalizado" e transformado num parque de estacionamento,em plena entrada para a cidade...o Jardim que dá o nome ao Grande "Mestre do Escutismo.Já agora e tal como o slogan...Sinta-se convidado,eu acrescento:"Se não tem problemas de mobilidade,não ande a pé,faz mal à saúde!Tragam os vossos automóveis bem para a cidade,por favor,façam bastante poluição,estraguem o mais que possam a mesma,mas não andem a pé,por favor...Sinta-se convidado...para fazer tudo isso!!!
ResponderEliminarExcelente post, Gabriel!
ResponderEliminar