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quinta-feira, 27 de julho de 2017

O AMOR TAMBÉM É FEITO DE RESILIÊNCIA


Como aceitar que algo que queremos absoluto, imutável, eterno seja resiliente? Admitir que também o Amor tem de se adaptar às circunstâncias pode ser um processo doloroso e inaceitável para uma imensa minoria, mas a verdade é que uma das leis do Amor é a resiliência.

E tal não significa menor sentimento, menos comprometimento ou uma cedência triste às circunstâncias, mas apenas a constatação que tal como nós mudamos os outros também, tal como os nossos sentimentos se alteram o mesmo acontece com os dos outros.


Creio que mais do que tentar impedir a mudança que ocorre nas pessoas que amamos, criticando-a de forma velada ou aberta, o importante é termos o espírito aberto para captar o que de positivo há nessa mudança e correspondermos ao desafio que nos é lançado.
Quando alguém tímido se torna mais social, quando a pessoa que amamos começa a gostar mais de viajar ou se torna empreendedora, resta-nos estar à altura do desafio que nos lança.

O amor não é nenhuma obra de arte rara que adquirimos num leilão, que penduramos na parede e nos comprazemos a olhar. Gosto de pensar nele como uma obra de arte em constante aperfeiçoamento.

Obviamente que a resiliência é um ato de amor e de inteligência e não uma imposição silenciosa sob ameaça de separação. Adaptarmo-nos para evoluir, para fazer crescer um sentimento forte e não apenas para resistir ao fim de uma relação.
A resiliência não salva nada, especialmente aquilo que já está morto, ainda que sem certidão de óbito. 
A resiliência é uma espécie de GPS emocional, capaz de nos guiar pelas estradas mais convenientes às nossas necessidades. Novas estradas podem trazer imprevistos, alguma insegurança até, mas, se estamos certos do destino, qualquer trajeto desconhecido se pode tornar numa maravilhosa aventura.

GAVB

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