Morreu o Prémio Nobel da Paz de 2010, o ativista chinês Liu
Xiaobo.
Há sete anos, Liu deixava vazia a cadeira do Nobel da Paz,
porque as autoridades de Pequim impediram-no de receber o mais nobre prémio
que um ser humano pode receber. Sete anos volvidos, Pequim volta ao banco dos
réus da opinião pública mundial, por não ter permitido que Liu Xiaobo pudesse
ter morrido em paz e em liberdade, permitindo-lhe tratar-se no estrangeiro, do cancro que o vitimou.
Liu Xiaobo morreu livre e em paz, mas a China e os chineses
continuam presos a um regime ditatorial que os diminui a cada dia que passa.
Liu foi uma luz que se acendeu no longo mar da China e que as autoridades não
souberam aproveitar para mudar de rumo.
Liu tinha a paciência chinesa, a sabedoria da espera e uma
bondade infinita. Dedicou a vida a uma luta ainda por vencer, mas da qual sairá
sempre triunfador.
Liu foi das mais belas e poéticas lições de amor à liberdade,
à paz e ao seu país que o mundo conheceu nos últimos vinte anos. Por isso,
devemos olhar para o seu legado como um farol, uma oportunidade de fazer e ser
melhor, pois ainda há muitos lugares e muitos povos que não desfrutam de
direitos tão básicos como a liberdade, a democracia, a paz, a igualdade de
género ou de classe social.
A tranquilidade e coragem com que Liu aceitou as
consequências das suas escolhas mostram-nos que ainda há esperança para a
Humanidade, porque há gente com força suficiente para não vergar ao poder
injusto, arbitrário e totalitário.
Obrigado Liu Xiaobo, por esta lição de humildade,
humanidade, coragem e liberdade que deixas em cada um de nós.
Requiesce In Pace.
gavb
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