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quinta-feira, 13 de julho de 2017

LIU XIAOBO: A MORTE CHEGOU ANTES DA PAZ


Morreu o Prémio Nobel da Paz de 2010, o ativista chinês Liu Xiaobo.
Há sete anos, Liu deixava vazia a cadeira do Nobel da Paz, porque as autoridades de Pequim impediram-no de receber o mais nobre prémio que um ser humano pode receber. Sete anos volvidos, Pequim volta ao banco dos réus da opinião pública mundial, por não ter permitido que Liu Xiaobo pudesse ter morrido em paz e em liberdade, permitindo-lhe tratar-se no estrangeiro, do cancro que o vitimou.  
Liu Xiaobo morreu livre e em paz, mas a China e os chineses continuam presos a um regime ditatorial que os diminui a cada dia que passa. Liu foi uma luz que se acendeu no longo mar da China e que as autoridades não souberam aproveitar para mudar de rumo.

Liu tinha a paciência chinesa, a sabedoria da espera e uma bondade infinita. Dedicou a vida a uma luta ainda por vencer, mas da qual sairá sempre triunfador. 
Liu foi das mais belas e poéticas lições de amor à liberdade, à paz e ao seu país que o mundo conheceu nos últimos vinte anos. Por isso, devemos olhar para o seu legado como um farol, uma oportunidade de fazer e ser melhor, pois ainda há muitos lugares e muitos povos que não desfrutam de direitos tão básicos como a liberdade, a democracia, a paz, a igualdade de género ou de classe social.
A tranquilidade e coragem com que Liu aceitou as consequências das suas escolhas mostram-nos que ainda há esperança para a Humanidade, porque há gente com força suficiente para não vergar ao poder injusto, arbitrário e totalitário.
Obrigado Liu Xiaobo, por esta lição de humildade, humanidade, coragem e liberdade que deixas em cada um de nós.

Requiesce In Pace.

gavb

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