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terça-feira, 4 de julho de 2017

O GOVERNO FOI ESPAIRECER, MAS OS PROBLEMAS NÃO VÃO DE FÉRIAS


António Costa escolheu a pior altura para ir de férias: militares de topo presos e acusados de corrupção, roubo de material militar, causas e culpados dos incêndios de Pedrógão por apurar; enfermeiros em greve; juízes ameaçando paralização; fortes suspeitas de fraude em provas do acesso ao ensino superior… 
E como responde o primeiro-ministro a isto tudo? Vai de férias!!! E como estas férias caem mal aos portugueses! Quer Costa queira quer não, elas parecem antes de mais uma fuga aos problemas, que obviamente não se resolverão com a atitude do líder do governo, correndo até o risco de se agravar.


Esta fuga do primeiro-ministro indicia tibieza, falta de coragem para enfrentar os problemas ou até tomar atitudes. Num momento em que tudo corre mal, era imperioso estar por perto dos ministros, ajudar a remendar o casco do navio, que começa a meter água, e tomar decisões.
Se o governo ainda não tem respostas sobre Pedrógão, quando terá? Se já as tem, por que não decide? O que tem Costa a dizer sobre as polémicas na Educação (alunos a transitarem de ano com quatro e cinco negativas; provável fraude na Prova de Português do 12.º ano)? Que ajuda deu ao Ministro da Saúde na greve dos enfermeiros?

É verdade que Passos Coelho sempre que abre a boca tem enormes possibilidades de sair asneira; é verdade que O PCP e o Bloco estão a conter-se mais do que a conta e os media têm sido simpáticos, além de Marcelo ter ficado a tomar conta do Governo, que ficou meio destroçado em Lisboa, mas convém que António Costa não se fie apenas em sondagens de opinião, na fraqueza dos adversários e na sorte. É que a sorte tanto vem como vai e a dele parece que também quer meter férias!

GAVB

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