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segunda-feira, 24 de julho de 2017

OS DIRETORES QUEREM O ANO LETIVO EM SEMESTRES. E OS PROFESSORES?



Provavelmente, a maioria dos professores vai acabar por anuir à ideia de um ano letivo dividido em semestres. O semestre permite uma melhor organização do tempo e uma mais eficaz gestão das matérias a lecionar.
Esta putativa alteração na organização do ano letivo trará inevitáveis modificações no processo de avaliação. Teremos “tensão” até ao final, pois a nota do segundo semestre confirmará ou porá em causa a nota do primeiro, sem que o aluno se sinta absolutamente seguro ou derrotado quanto à sua nota final.  

Além deste possível ganho de produtividade, os diretores esperam amenizar outro grande problema que os aflige: a indisciplina. Nas escolas com algum historial de casos de indisciplina, são recorrentes os casos em que os alunos descarregam as suas frustrações escolares durante o 3.º período, pois sentem que é quase impossível recuperar um número elevado de negativas. É mais fácil suster os casos de indisciplinas quando todos pensam que “ainda têm hipóteses”.

Havendo tanta unanimidade em torno desta questão, o que me intriga é por que não perguntaram os diretores aos seus professores o que pensavam eles sobre o assunto, antes de fazerem as suas sugestões/exigências ao Ministério da Educação. Ocorre-me algumas respostas: não querem saber da opinião dos professores para nada, a escola são eles e os professores estão lá para cumprir ordens mecanicamente e nada mais; acham que os professores estão tão mansos que aceitarão tudo sem resmungar nada e por isso resolveram avançar sem esse pró-forma. 
Se repararem bem, isso já acontece em relação a muitos assuntos da gestão corrente de muitas escolas, como é o caso da politica de transição que a escola quer implementar.
É possível que a organização por semestres se concretize dentro de um ano. Até lá seria interessante que os professores percebessem que esta organização convida a uma nova variável: disciplinas semestrais. E nesta nova e hipotética organização, Geografia e História estão a pôr-se tão a jeito…

GAVB

6 comentários:

  1. A única, hipotética, vantagem que consigo ver nesse sistema seria dividir as turmas como nas disciplinas tecnológicas. De resto, estou pelos cabelos com esta história das mudanças atrás de mudanças...

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  2. Tambem,ou melhor em módulos trimestrais igual algumas faculdades modernas.Isto levaria fim a evasão principalmente no ensino médio. Mas os governadores vetariam por ser mais caro.Infelizmente nada que custe mais interessa aos neoliberais.Diretores e professores sabem que estas mudanças tem de vir da esfera federal

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  3. Acrescido de uma avaliação de zero a vinte valores desde o quinto ano de escolaridade...

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  4. Eu gostaria que EV e ET também fossem semestrais. Isso equilibraria o trabalho dos professores ao longo do ano lectivo, tendo em conta o elevado número de turmas e de alunos a que estão sujeitos. Voltar ao par pedagógico, para uma maior interligação entre as disciplinas de expressões seria óptimo até porque, nas aulas práticas, é essencial a presença de dois professores e a colaboração entre docentes nesta área.

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  5. Sou professor e por mim é igual... eu estou na escola para trabalhar e desde que o numero de tempos de trabalho por turma sejam idênticos... É só alterar o planeamento! Qual é o stress?

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  6. parece que alguns não entendem o que significa o ano em semestres...estão a confundir com as disciplinas semestrais e dividir turmas o que é impossível dada a extensão dos currículos. Quanto à surpresa da não auscultação dos professores, não entendo. É assim desde o ínicio e foi esse o objetivo do modelo da figura do Diretor, acabar com a democraticidade da gestão tornando os professores meros executores de políticas com as quais podem não concordar, (também é verdade que o consenso é raro e alguns não se importam com nada, nem de serem explorados) então na nomeação de cargos é um regabofe...só amigos, alternância? hipóteses? ouvir quem está no terreno?: zero. A maior parte dos diretores adorou e abusou dos novos poderes.

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