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domingo, 25 de junho de 2017

REAPRENDER A ENSINAR


As aulas terminaram! A maioria dos professores está extenuada, apesar de muitos deles ainda terem exames para corrigir e algum trabalho burocrático para fazer. É assim todos os anos, mas não devia!


Agora a classe docente devia estar a preparar-se para sua reciclagem obrigatória! Formação.
Não aquela formação feita para constar e absolutamente necessária para progredir na carreira (quando isso voltar a ser possível), mas a formação que é necessária para não alargarmos o fosso para os alunos, para não cristalizarmos numa forma de ensinar que aprendemos há trinta anos.

Os alunos, as escolas, a sociedade nunca serão aquilo que queremos, aquilo que idealizamos e lutar contra isso é tempo perdido e um desgaste enorme, além de ficarmos desfasados e azedos.

Há anos que penso que a Formação é fundamental para darmos um pulo de qualidade e nos sentirmos realizados na profissão. Uma formação que nos tire o foco das aulas teóricas, que nos ensine a largar o comando da aula, que nos instrua a usar as tecnologias que os alunos usam em prol daquilo que ensinamos, que nos faça trabalhar a partir daquilo que temos e não daquilo que gostaríamos de ter (alunos, escola, colegas encarregados de educação, instalações...).


Todas as profissões foram fazendo lentamente a sua reciclagem. Hoje médicos, bancários, advogados, empresários são profissionais muito diferentes daquilo que eram há duas décadas…
 Só a classe docente se foi deixando ficar, à espera que o ME encaminhasse a Formação. Isso não aconteceu nem vai acontecer. São os professores que a têm de procurar. 
Ou então criá-la para os colegas. Entre os professores há gente que já trilhou o caminho das pedras e foi experimentado novas formas de ensinar. Algumas delas sistematizaram novos métodos e estão disponíveis para passá-los aos colegas.  É preciso requisitá-los, ouvi-los com humildade e adaptar o que têm para dizer à realidade de cada um.
Precisamos de reaprender a ensinar, para voltar a ter gosto naquilo que ensinamos, para vermos outro tipo de fruto do nosso trabalho, para não acabarmos sempre o ano letivo extenuados e um pouco frustrados.

GAVB

4 comentários:

  1. Será reaprender a ensinar ou, darem-nos as condições para ensinarmos de forma diferente?

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  2. Mais bla bla e nuvens cor de rosa!! Formação como? Em pós laboral e acumular com tarefas não letivo mas ainda assim imprescindíveis? Pagas do próprio bolso ? Não me parece..E para quê? Chegamos à sala de aula e prevalece o desenrascanso pois continuam a faltar recursos...

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  3. Basta consultar as propostas do centro de formação, para perceber que há formação disponível. Quanto ao horário da formação, ela pode ser feita nas várias semanas de pausa letiva que existem ao longo do ano (Dezembro, Fevereiro, Março/abriel, junho, Julho). Quanto ao pagamento da formação: cada um abe o que quer e pode investir na sua melhoria profissional, mas dirira que o Estado investe, todos os anos, milhares de euros por professor, para ele estar parado na escola, à espera ue lhe caia graciosamente uma formação nos braços. Sobre a falta de recursos na escola, isso é uma realidade tão vidente como a falta de vontade de muitos docentes em usar os recursos existentes e descrerem de tudo aquilo que, de novo, aparece.

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  4. Interessante seria saber se os comentários são de professores das áreas públicas... Saber se eles conhecem o valor real dos salários, da carga horária dentro e fora da escola, da valoririzacao profissional desse profissional. Da assistência pedagógica e psicológica e que em sua maioria material para uso da tecnologia e metodologias diferentes. Interessante ver como é fácil criticar quando não fazemos nada para mudar e acrescentar soluções. Me permita dizer "cuidem melhor das ações,opiniões não mudam nada! Assinado: Uma professora cujo primeiro salário é investido em material básico para o exercício da profissão!!!

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