A entrada de um filho
na Universidade comporta quase sempre para a família do estudante deslocado um
investimento mensal nunca inferior a 700/800 euros. É um valor altíssimo, que
muitas famílias suportam com muitos sacrifícios, em prole da concretização do
grande objetivo dos filhos, que ainda é para muitos obter uma
licenciatura/mestrado.
Grande parte da
fatura mensal consome-se no arrendamento de um quatro ou pequeno apartamento, onde o
jovem estudante universitário passa a residir. Apesar da oferta ter aumentado,
ainda há escassez de quartos disponíveis e os valores pedidos a cada estudante
são normalmente superiores a duzentos euros, quando não atingem 300/350 euros.
Muitos pais são confrontados com aposentos minúsculos, com poucas condições e
com a determinação dos senhorios em não passar fatura. Estes senhorios
clandestinos abusam da sua posição dominante no negócio da renda de quartos a
estudantes universitários, para imporem a sua iníqua lei.
O Estado, através da
máquina fiscal, tem optado por abordar a questão sob a pespetiva mais fácil e
conveniente: fiscalizar os senhorios para punir aqueles que não passam recibo e
fogem aos impostos. Sem embargo de considerar esta abordagem também necessário,
eu penso que o Estado (administração central e local) devia centrar a sua
atenção noutra perspectiva: promover o mercado imobiliário vocacionado para os
jovens estudantes universitários. Como? As Câmaras Municipais isentando de
taxas todos aqueles que construíssem apartamentos
para arrendamento a jovens universitários e se comprometessem com um regime de
rendas baixas, cujos valores fossem negociados e conhecidos por todos à
partida.
A troco do
compromisso de rendas controlas e definidas, a administração central podia
cobrar um imposto muito reduzido sobre o rendimento dessas rendas.
Outra ideia
seria incentivar as entidades bancárias a colocar no mercado de arrendamento
universitário muitos dos apartamentos na sua posse, por via da falta de
pagamento dos antigos proprietários, sempre com o pressuposto das rendas
acessíveis.
Se os alunos que
entram para a Universidade tivessem quartos disponíveis a 100 euros e
apartamentos de tipologia T2/T3 entre os 250 e os 300 euros, o Estado daria uma
grande ajuda a muitas famílias de jovens universitários.
Mais importante que
perseguir senhorios incumpridores era importante ajudar jovens adultos e as
suas famílias a garantir alojamento a preços justos.
gavb
Muito bem visto, porque eu conheço bem esta aflição dos pais todos os anos.Um bem haja. abrc.
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