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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

PHOTOGRAPH, de Ed Sheeran



Ouvia-a há poucos dias, enquanto conduzia, já noite cerrada, a caminho de casa e apaixonei-me instintivamente por esta “Photograph” de Ed Sheeran. A ideia musical é muito interessante, mas o que realmente brilha nesta música do jovem Sheeran é a letra. Fabulosa.
O começo, então, é altamente inspirador: “loving can hurt /…/But it’s the only thing that I Know /…/ It’s the only thing that can us alive”, e o resto da composição parece pedações de poesia que saboreámos lentamente como se cada verso fosse um bombom único de sensibilidade e amor.
Ed Sheeran cria um novo conceito de fotografia: um pedaço de papel onde transportamos o sorriso que nos faz caminhar sobre as intempéries da vida, a força que nos levanta nas derrotas, a beleza dos nossos melhores sonhos.

Fotografia, esse pedaço de papel que cola memórias dispersas, que nos permite nunca estar sós, que lambe as feridas da nossa alma e suporta amores com o simples poder do olhar.
Para esta canção cheia de ternura, afeto e sensibilidade sonoro, Sheeran escreveu um verdadeiro poema sobre a beleza e poder da fotografia. Explica-nos por que as guardamos nas carteiras, porque as procuramos no facebook, porque nos socorremos delas nos momentos mais nostálgicos em que o chão se transforma num dissimulado mar de dúvidas.
Concentramo-nos naquele sorriso ou naquelas feições, naquele instante que a máquina eternizou e oxigenámos a alma e o coração para mais uns tempos de ausência.

Ouço-a novamente e comove-me a simplicidade tocante com que o jovem cantor e compositor britânico invade os nossos corações. Apetece ouvir novamente, sorvendo os sabores que não captamos numa primeira audição, deixando que as memórias a que esta “Photogragh” alude nos façam verter as doces lágrimas de gente que nos fez imensamente feliz, de gente que nos faz desmesuradamente feliz e da qual só temos uma… photograph

A fotografia que mais amamos não está impressa noutro lugar que não seja no nosso coração. Foi captada algures no tempo, pelos nossos olhos e como uma impressão digital não sai mais!

Gabriel Vilas Boas

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