Esta semana o Teatro é
rei em Amarante. De 19 a 25 de julho, os claustros da Câmara Municipal ficam
cheios de amarantinos ávidos por soltar uma boa gargalhada com as peças que os
grupos teatrais convidados trazem à cidade de Teixeira de Pascoaes e Amadeo Souza
Cardoso.
Gosto muito de teatro e
por isso fico muito satisfeito com a iniciativa, da edilidade amarantina, de promover esta semana dedicada às artes cénicas, alargando a oferta cultural de
verão, além da música.
Um público de várias
gerações lota a bancada amovível, em todas as noites. O cartaz da 15.ª edição é
variado e promete não defraudar as expectativas. A primeira noite coube ao
grupo da terra, o T’ Amaranto, que escolheu a peça “Rosinha, A Solteira” para
mostrar ao público amarantino. Ontem, a noite ficou a cargo do Teatro de
Comédia de João Carracedo que trouxe até nós “All You Need Is Love, Uma Comédia
Quase Romântica”. Num estilo sitcom, um casal de atores abordou, de forma cómica
e caricatural, alguns dos clichés mais conhecidos da relação homem/mulher.
Para hoje, está
prometida uma peça que levará o público até ao início do século XVII. “Entrada
do Rei”, levada à cena por Este – Estação
Teatral. O rei Filipe viaja de Madrid para Lisboa, onde sonha entrar
triunfalmente, mas esse momento esconde uma surpresa para revelar ao espectador…
Amanhã, o festival
prossegue com “Novecentos, o Pianista do Oceano” pela companhia Peripécia Teatro. Cada ator assume a
interpretação de várias personagens, onde a ironia se cruza com o humor, e as
histórias desfilam naturalmente tendo como pano de fundo a música, a beleza, a
amizade.
Na quinta, o Teatro de
Montemuro (Teatro de Rua) encena “Caídos do Céu”, no magnífico espaço do Largo
de São Gonçalo, onde conhecidos santos visitam a terra para umas merecidas
férias. A noite de sexta-feira leva os espectadores de volta aos claustros
camarários para ver os atores da Filandorra
Teatro do Nordeste abrir o “Saco de Nozes”, que se esconde uma história
onde as mulheres, supostamente, deviam ser submissas aos maridos, mas em que, na
verdade, acontece o contrário.
O festival fechará, no
sábado, com a peça “O Farrusco, o Telefone e Eu”, uma comédia da famosa
Geraldine Aron, interpretada por Maria Henrique, onde uma quarentona procura a
felicidade, depois de o marido a ter trocado por uma mais nova.
Propostas não faltam,
em Amarante, para um final de noite longe da televisão, em boa companhia e com
diversão garantida.
Gabriel Vilas Boas
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