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sexta-feira, 24 de julho de 2015

A DESCOBERTA DA «CIDADE PERDIDA DOS INCAS»


O jovem e rico académico americano Hiram Bigham tropeçou na «cidade perdida dos Incas», Machu Picchu, em julho de 1911.
Datada do século XV e situada a cerca de 110 quilómetros de Cusco, a capital Inca, o seu papel histórico é alvo de controvérsia. Mas não restam dúvidas quanto à majestade do cenário impressionante, no cimo dos Andes, nem quanto à sua popularidade como destino turístico, pois atrai quase meio milhão de visitantes, por ano.


Como entender esse fascínio? Nada melhor do que ler parte do relato do próprio Hiram Bingham
«Mal tínhamos contornado o promontório quando o tipo de trabalho em pedra começou a melhorar. Um lanço de terraços magnificamente construído… fora resgatado pouco tempo antes à selva pelos índios… entrei na floresta intacta à minha frente e de súbito encontrei-me num labirinto formado pelas belas casas de granito! Estavam cobertas de árvores, musgo e uma vegetação secular.

Por baixo de um rochedo esculpido, o rapazinho mostrou-me uma gruta extraordinária forrada pela mais bela pedra trabalhada. Destinava-se, como era óbvio, a ser o mausoléu real. No cimo deste penedo especial, fora erigido um edifício semicircular. A parede acompanhava curvatura natural da pedra e estava ligada a ela por um dos mais belos exemplares de alvenaria que alguma vez me foi dado ver… 


As linhas ondulantes, a disposição simétrica dos silhares (blocos esculpidos), e a produção gradual dos caminhos combinavam-se e surtiam um efeito encantador, mais suave a agradável que o do templos de mármore do Velho Mundo. Devido à ausência de argamassa, não há espaços feios entre as pedras. Era como se tivessem crescido juntas.

As surpresas sucediam-se de uma forma atordoante. Subi uma escada maravilhosa e imponente de grandes blocos de granito… e desemboquei numa pequena clareira. Aqui estavam as ruínas de duas das estruturas mais belas que vi no Peru. Não só eram feitas de blocos selecionados de granito matizado de branco como as suas paredes continham silhares de dimensões ciclópicas, com três metros de comprimento e mais altos de que um homem. Fiquei fascinado.»  

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