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terça-feira, 24 de junho de 2014

MIGUEL FALABELLA


Os corações humanos são como instrumentos de muitas cordas. E ao longo da vida vamos aprendendo a tocá-las todas. Como se fôssemos músicos, intérpretes de nossas próprias emoções!
Miguel Falabella


  Miguel Falabella é um homem do espectáculo e da escrita: faz teatro e cinema, escreve argumentos de filmes e peças de teatro, apresenta programas de televisão e idealiza outros, participa em séries televisivas e ainda tem tempo e talento para escrever poesia.
          Para mim, ele será sempre um grande ator de teatro. É aí que o seu talento melhor se exprime. Apesar de já ter atuado em Portugal há uns anos, só o pude ver na televisão. Ficou célebre numa série humorística da TV Globo chamada “Sai de Baixo” que a televisão portuguesa retransmitiu durante vários meses.
         Falabella é um carioca, proveniente duma família da classe média alta (a mãe era professora universitária e o pai arquiteto) que se apaixona pelo teatro na adolescência. Entra numa escola de Teatro e aos dezoito anos já representa “O dragão” de Eugene Schwarz. Dois anos mais tarde já formava um grupo de teatro em parceria com a atriz Maria Padilha. O teatro era a profissão que escolhera. Mas o seu talento e enorme vontade de evoluir levá-lo-iam rapidamente ao mundo do cinema e da televisão.
            Enquanto o grupo criado por si encenava e levava ao palco A tempestade de Shakespeare ou o Despertar da Primavera de Wedekind, Falabella ganhava novos conhecimentos teatrais em França, entrava em novelas e tornava-se professor de teatro ainda antes dos trinta anos.

            Os papéis em telenovelas e em filmes sucediam-se a um ritmo alucinantes nas décadas de oitenta e noventa do século passado, o que lhe granjeou grande popularidade na sociedade brasileira. 
Em Portugal, a sua popularidade também é assinalável, por causa do seu papel na sitcom “Sai de Baixo”, onde assumiu a personagem Caco Antibes e fez rir milhões de portugueses, interpretando uma personagem mau carácter, politicamente incorreta, arrogante e vaidosa, mas terrivelmente divertida.

Mas Falabella não se realizava apenas na representação. Vivendo a um ritmo alucinante (certo dia um entrevistador perguntou-lhe se o dia dele tinha 24 horas como o de qualquer pessoa), dedicou-se à escrita de novelas e comédias. Em muitas delas ele entrava como ator.

A trajetória de sucesso de Falabella no teatro remonta ao ano de 1988, quando entrou em cartaz a peça Sereias da Zona Sul, escrita por ele com Vicente Pereira e na qual contracenava com Guilherme Karam. Os dois atores dividiram o prémio Mambembe, de melhor ator.

Falabella fez uma série de peças, como: Louro, Alto, Solteiro, Procura, "Falabella solta os bicho"; "Querido mundo"; "A pequena mártir de Cristo Rei" e "O submarino".


A sua estreia enquanto encenador foi na premiada peça Emily (1994), que lhe valeu o prémio Molière de melhor encenador e o Mambembe de revelação em encenação. Entre outros trabalhos que dirigiu estão Tupã, A vingança, de Mauro Rasi; Lucia McCartney, adaptação de Geraldo Carneiro do texto de Rubem Fonseca e o texto infantil "O Rouxinol do Imperador", adaptado por Flávio Marinho. A lista de trabalhos é interminável.

Falabella também atuou em Batalha de Arroz num Ringue para Dois e O beijo da Mulher Aranha e escreveu e dirigiu A Partilha (prémio Molière de melhor autor); No coração do Brasil, Como Encher um Biquíni Selvagem, Os Monólogos da Vagina (adaptação do original de Eve Ensler) e South American Way - musical sobre a vida de Carmen Miranda -, Capitanias Hereditárias e Todo Mundo Sabe o Que Todo Mundo Sabe, entre muitas outras peças.

Omnipresente na cena cultural, Falabella abriu em 1997 uma casa de espetáculos, o Teatro Miguel Falabella, na zona norte do Rio de Janeiro. Em 2004 lançou o livro Querido Mundo e Outras Peças, com sete peças escritas por ele e Maria Carmem Barbosa.

Em 2003 foi convidado pelo Prefeito César Maia para assumir o cargo de gestor da rede municipal de teatros, então responsável por dez teatros, entre outros equipamentos culturais. Ocupou o cargo até 2007.

Ainda em 2007 estreava em Portugal O Paranormal com Joaquim Monchique no elenco e direção. O espetáculo foi baseado na peça Louro, Alto, Solteiro, Procura - escrito por Falabella em parceria com Maria Carmem Barbosa.

Gabriel Vilas Boas

1 comentário:

  1. EXCELENTE!!! MIGUEL FALABELLA, ATOR E ESCRITOR BRASILEIRO.
    SERÁ SEMPRE UM GRANDE ATOR DE TEATRO! GOSTEI MUITO DO VÍDEO.
    PARABÉNS GABRIEL!

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