Continuando o tema da semana anterior, hoje falo-vos da casa Tugendhat, que na minha opinião marca igualmente a arquitectura habitacional do século XX.
Villa Tugendhat, de
1927-30, da autoria de Mies van der Rohe, em Brno (República Checa)
Brno, a segunda maior cidade da República
Checa, abriga uma das mais admiráveis obras da arquitetura moderna, a Villa
Tugendhat. Projeto de habitação do arquiteto alemão Mies van der Rohe
(1886-1969), a casa foi realizada na perspectiva do racionalismo funcionalista do Movimento Moderno. Baseando-se em
soluções técnicas avançadas e em materiais modernos o Movimento Moderno, o
arquiteto investiu em novas conceções espaciais, favorecendo a continuidade dos
espaços através do uso da planta livre e, em depurados padrões estéticos, que
engrandecem assim a autenticidade da forma e da estrutura, quer no exterior quer
no interior.
O edifício situa-se no bairro de Černá Pole, num terreno em declive de onde se avista toda a parte velha da cidade. Encomendada pelo casal Tugendhat’s, proveniente de famílias judias abastadas só é residência familiar durante oito anos, altura em que estes abandonam o país, fugindo à perseguição nazi. Entre 2010 e 2012, a casa passou por enormes obras de reconstrução e restauro, tanto a nível da estrutura com do jardim adjacente. Estes foram recuperados com a aparência original, após a conclusão da casa em 1930,onde os interiores estão equipados com réplicas exactas dos móveis originais.
O edifício situa-se no bairro de Černá Pole, num terreno em declive de onde se avista toda a parte velha da cidade. Encomendada pelo casal Tugendhat’s, proveniente de famílias judias abastadas só é residência familiar durante oito anos, altura em que estes abandonam o país, fugindo à perseguição nazi. Entre 2010 e 2012, a casa passou por enormes obras de reconstrução e restauro, tanto a nível da estrutura com do jardim adjacente. Estes foram recuperados com a aparência original, após a conclusão da casa em 1930,onde os interiores estão equipados com réplicas exactas dos móveis originais.
A habitação, composta por três níveis,
adapta-se à morfologia do terreno. No rés-do-chão (nível da rua), além do hall
de entrada ficam os quartos com ligação ao terraço, aqui também se encontram a
garagem e os aposentos do motorista. No alçado virado para a rua, a entrada é
marcada por um grande painel de vidro, enquanto a fachada oposta é marcada pela
subtração de parte do volume criando assim um terraço e abrindo a casa para o
jardim.
No piso -1, estão as áreas sociais, como as
salas de estar, de refeições, a biblioteca, o jardim de inverno, o terraço, a
cozinha e uma área mais reservada aos empregados. Neste piso, a fachada virada
a sul é rasgada na sua plenitude (todo o pé direito e a todo o comprimento),
utilizando para tal o vidro e o aço.
Descendo ao nível da cave, está instalada
toda a área técnica (equipamento de ar, caldeira, sala de máquinas para as
janelas retrácteis, e toldos). Actualmente este piso faz parte da visita, e
integra uma exposição onde estão patentes quer a vida e obra do arquiteto Mies
van der Rohe, quer o estilo de vida familiar dos Tugendhat’s, até 1938. Os
visitantes também podem agora desfrutar de uma livraria e de um Centro de
Estudos e Documentação na Villa Tugendhat.
A casa Tugendhat é um símbolo do Movimento Moderno pelas suas formas claras, pela utilização expressiva do vidro, do aço e do betão, pela extraordinária modernidade dos seus janelões (área social), que vão do chão ao teto, pela planta livre que proporciona uma continuidade com o exterior. O edifício destaca-se também pela estrutura metálica, que proporcionou ao arquitecto a aplicação da planta livre, de paredes mais finas e das grandes aberturas. Os materiais empregues no interior da casa são sumptuosos, combinando com a estrutura de aço e vidro. Os mais evidentes são as madeiras raras tropicais e a extraordinária parede de ónix. Mies desenhou todo o mobiliário para a casa, estando algumas destas peças ainda em voga.
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