O Dia da Mulher passou e bastaram algumas horas para perceber que tantas fotos, frases, poemas, flores, jantares parecem uma ilusão que facilmente se confunde com hipocrisia.
Talvez por isso gosto cada vez mais daquilo que começa no Dia da Mulher e se concretiza entre dias anónimos. É o caso da campanha Write Her Future, lançada pela ONG Care que pôs em marcha uma campanha para combater a iliteracia feminina.
Talvez por isso gosto cada vez mais daquilo que começa no Dia da Mulher e se concretiza entre dias anónimos. É o caso da campanha Write Her Future, lançada pela ONG Care que pôs em marcha uma campanha para combater a iliteracia feminina.
De um modo muito inteligente, a conceituada marca de cosméticos Lancôme associou-se à campanha, comprometendo-se a investir pelo menos dois milhões de euros em programas internacionais que combatam a iliteracia feminina.
O primeiro programa está já em prática no norte de África, Marrocos, seguindo-se a Guatemala e a Tailândia. Esta iniciativa permitirá que mais de oito mil mulheres abandonem o chamado analfabetismo funcional.
Bem sei que há problemas maiores que a iliteracia feminina, que este vírus atinge também os homens e radica numa formação de base negligente, mas devemos aproveitar e valorizar todos os contributos que melhorem o nível educacional de homens e mulheres.
A Lancôme anda no rosto de milhões de mulheres em todo o mundo, tornando-as mais belas, sedutoras e independentes, todavia não há como a educação para tornar uma mulher poderosa, livre e independente.
Em todo o mundo a iliteracia feminina atinge setenta e seis milhões de mulheres; um número impressionante, sobretudo, porque abrange muitas mulheres de países desenvolvidos. Como muito bem fez notar a Lancôme, nos últimos vinte anos a taxa de iliteracia entre as mulheres não desceu, o que não deixa de surpreender.
Com esta iniciativa a Lancôme desafia todas as mulheres que a usam a pôr no rosto de outras mulheres algo mais belo que um sorriso bonito e luminoso.
GAVB
Sem comentários:
Enviar um comentário