As coisas fazem sentido quando as usamos. É o uso que lhes
damos e a função que desempenham nas nossas vidas que as tornam importantes e
belas.
Como podemos
apreciar a beleza de um objeto que guardamos ciosamente num armário, porque foi
muito caro ou é demasiado bom para o uso diário? Não podemos. Com o tempo (e
não é preciso muito…) esquecemos a sua beleza, além de nunca termos
experimentado a sua utilidade.
A grande beleza
das coisas é estarem onde são necessárias. Infelizmente, temos arrecadações e
armários cheios de coisas tão valiosas quanto inúteis.
Para serem
úteis as coisas devem estar no seu devido lugar e na quantidade certa. Tomemos como
exemplo uns simples grãos de arroz ou um pouco de água mineral. Se uns grãos de
arroz ficarem no fundo de uma tigela e a água no fundo da garrafa, temos
vontade de os comer e de a beber; no entanto, se esses mesmos grãos de arroz estiverem
num lava-loiças e a água num recipiente qualquer, a impressão de sujidade é automática
e ninguém terá vontade de os comer e de a beber.
Algo de semelhante acontece com centenas de coisas que
atafulham as nossas casas, as nossas vidas e até a sociedade em geral.
O primeiro passo a dar é ganhar
consciência daquilo que já não nos é útil e depois termos a coragem de nos
desapegar dessas coisas e fazê-las úteis noutro local, com outras pessoas.
Escolher as coisas (as que
deitamos fora e aquelas com que ficamos) implica tomarmos consciência do seu
valor e utilidade para nós.
Redefinirmo-nos a nós mesmos
começa… pelas gavetas!
Gabriel
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