ARETHA FRANKLIN (1942 - ) nasceu para ser uma estrela, uma predestinada da voz, que conquistou a América antes de seduzir o resto do planeta, com uma voz cheia de paixão, força e alma… ou não fosse ela a rainha da soul.
Hoje a rainha faz anos. Também por causa dela, os negros e as mulheres foram conquistando aquele RESPECT que devia ser natural e automático, mas infelizmente tem de ser uma conquista de todos os dias.
Mais de 75 milhões de discos vendidos, vários Grammy arrecadados, uma estrela no Passeio da Fama, em Hollywood, antes de chegar aos quarenta são sinais bem evidentes da sua grandeza e fama.
Há mais de trinta anos (1985), o Michigan declarou-a um Recurso Natural do estado e vinte anos mais tarde (2005) o Presidente dos EUA condecorou-a com a Medalha da Liberdade.
É possível que Aretha não sonhasse com tanto; talvez até preferisse não ser ícone de nenhuma libertação negra ou feminina e apenas gostasse que a amassemos por causa da sua voz e da sua música, mas todos nós somos também a nossa Circunstância. E a circunstância de Aretha fê-la bem mais relevante do que ela supôs.
A música (como quase toda a arte) tem este condão extraordinário de nos tornar livres, iguais, sensíveis e, muitas vezes, ser pensantes e com valores. Talvez porque dela brota essa soul, onde Aretha soube ser uma rainha sem fronteiras, mas com muitos súbditos.
GAVB
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