Portugal e Inglaterra são
historicamente povos aliados e, algumas vezes, os reis portugueses pediram ajuda
aos ingleses para expulsar espanhóis ou franceses. O problema é que os ingleses
sempre olharam para essa aliança com sobranceria e arrogância, tratando-nos como
“uns pobres coitados” a quem se pode fazer quase tudo. Em certos momentos eles foram piores que os
inimigos.
O primeiro sinal desse tipo de
comportamento deu-se no final do século XIV (1380), quando o rei D. Fernando
pediu ajuda aos ingleses para rechaçar as tropas castelhanas que cercavam
Lisboa. Mal desembarcaram em Lisboa, os nossos queridos amigos britânicos trataram
de espalhar o terror entre o pobre povo de Lisboa.
Como muito bem refere Fernão
Lopes, na sua Crónica de D. Fernando, «Esta gente dos ingleses, quando se instalaram
em Lisboa, procedendo não como homens que vinham ajudar a defender a terra, mas
como se tivessem sido chamados para a destruir […] matando, roubando e forçando
as mulheres, mostrando tal domínio e desprezo de todos que se diria que eram mortais
inimigos…»
Esta conduta obrigou D. Fernando
a afastá-los para o Alentejo e a combinar a paz com Castela em condições menos
favoráveis do que seria desejável.
Uns séculos mais tarde os
ingleses voltaram-se a revelar-se verdadeiros amigos da onça. No início do século
XIX, as tropas napoleónicas invadiram Portugal e a família real teve de fugir
para o Brasil. Os ingleses foram novamente chamados a ajudar na tarefa de
reconquista da soberania nacional e mais uma vez demonstraram arrogância e desprezo pelos mais elementares direitos dos portugueses.
Comandados por Beresford, os soldados ingleses instalaram-se em Portugal como
se fossem os verdadeiros patrões do território e o povo gemia, pois passava das
crueldades do «Maneta» para as arbitrariedades dum general com o rei na
barriga. Gomes Freire ainda conspirou contra o ditador inglês, mas sem sucesso. Só a revolução liberal de 1820 acabou com o martírio inglês.
Os ingleses haviam de ser responsáveis
por um das mais importantes estocadas na monarquia portuguesa. No final do
século XIX, o governo português desenhou um mapa cor-de-rosa, com o ojetivo de
unir os territórios de Angola e Moçambique, em África. O objetivo do governo,
com esse plano de conquistas territoriais em solo africano, era reabilitar o prestígio
internacional da coroa portuguesa e dar um novo fôlego à monarquia, já muito
acossada pelos republicanos.
E o que fizeram os ingleses? Lançaram um ultimato
ao jovem rei português, D. Carlos I, intimando-o a abandonar tais pretensões,
sob pena de ser invadido pelos seus «queridos amigos».
E Portugal, mais uma vez, cedeu. Poucos anos mais tarde, os ideais republicanos triunfaram em Portugal.
Costuma-se dizer que “De Espanha,
nem bons ventos nem bons casamentos”, mas a verdade é que de Inglaterra só nos
chegaram verdadeiros amigos da onça.
GAVB
We were their first line of defense and fortification, for many years, against Europe.
ResponderEliminarWithout us, they would have been just another island in the middle of the Atlantic Ocean.
We were their first line of defense, against the Spanish and French ... for many centuries
The British "MODE" has always been the "Divide to Conquer" still in action, today.
They are trying to do exactly that, right now, with the EUROPEAN UNION.
It still works in certain susceptible groups, today in Africa.
They created the border lines, TRIBAL divisions lines, in many countries.
When you separate a tribe in two, it is only half as strong ...
Exactly what they did with the IBERIAN Peninsula ... They put brotherly countries, Portuguese against Spanish for centuries!
Even today our rail system is not compatible with the European one, do you know why?
After the Napoléon French invasions, made on horseback. They predicted that the next invasion would be by steam and not on horseback.
When the rail system came, with the British industrial revolution in the late 1800's. The British ensured, that the railways were wider in Spain and Portugal, so that they were not compatible with the rest of the railroad in Europe.
Maybe that's why the Iberian Peninsula was also excluded from the Hitler's SECOND WORLD WAR.
During the 3 Napoleon invasions at the end of the war, the Portuguese people said, that they did not know, if they were more robbed by the AGGRESSOR or the PROTECTOR!