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quarta-feira, 10 de janeiro de 2018

A FENPROF ACORDOU TARDE PARA A VIDA E LEVOU UMA ABADA DE UM GOVERNO SONSO


É inconcebível que um sindicalista como Mário Nogueira tenha deixado correr o marfim e suspendido a luta dos professores a meio do 1.º período sem nada palpável nas mãos e agora diga que a luta é inevitável. O momento era a aprovação do Orçamento de Estado de 2018, quando o governo precisava dos votos do PCP para a aprovação e quando o executivo tremia com a agressiva luta dos enfermeiros.
Essa era a altura de Mário Nogueira mover as suas influências políticas e conseguir algo de substantivo para os professores. Não o fez e «foi comido de cebolada» pelo Houdini da política portuguesa. Era possível ter conseguido algo mais. A subida mínima de um escalão para todos, a troca dos anos não contabilizados pela antecipação da idade da reforma… ideias não faltariam.


Em janeiro, Mário Nogueira pede ideias aos professores, com se as formas de luta possíveis pudessem brotar de algum processo criativo. Ele sabe como ninguém que este ano está perdido e que o tempo de serviço dos anos do congelamento da carreira para lá caminha. 
Mário Nogueira quer os professores na rua em Junho, na altura dos exames e na antecâmara das negociações do próximo Orçamento de Estado. Mas isso é a estratégia do PCP, via CGTP, não aquilo que mais convém aos professores, a quem importa «apenas» a restituição dos seus direitos. Nessa altura já António Costa deve ter preparados os habituais rebuçadinhos Dr. Bayard para a tosse das primeiras chuvas reivindicativas de outono.
Vamos tarde e provavelmente já não a tempo, até porque temos contra nós, infelizmente, a opinião do Presidente da República. E isso é uma enorme desvantagem política e social. Que traição esta do "Celinho"!
Face aos dados políticos atuais, parece que a Fenprof irá apostar no confronto, mesmo sabendo que a reposição dos professores nos escalões respetivos será muito improvável (ainda que justa), pois o governo tem a famosa desculpa da equidade com as outras carreiras da função pública. Restar-nos-ia tentar outras formas de compensação (reforma, certificados de aforro...), mas isso talvez não seja lá muito espetacular e não renderia votos ao PCP.

GAVB

3 comentários:

  1. SE ele tivesse resolvido tudo no 1º período o que é que fazia depois? E as luvas do governo para não resolver nada? Como é que era? Há pois é...Mandar fazer greve é o quê? poupar dinheiro ao estado e quem recebe uma gratificaçãozinha? quem é?

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  2. SE ele resolvesse tudo no 1º período o que fazia depois? e a bonificação para não resolver nada? Há pois é...Andar o ano todo a mandar fazer greve é que dá.

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  3. A situação dele é boa, os outros que se f...

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