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segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

SUPERNANNY - UM SUPER PROBLEMA OU UMA SUPER OPORTUNIDADE?


SUPERNANNY – QUAL A VERDADEIRA INTENÇÃO DA SIC?
Se era captar espectadores, chamar a nossa atenção, provocar reações violentas e apaixonadas – já o conseguiu. 
Ter a UNICEF contra, ter a ERC inundada de queixas não augura um futuro promissor ao programa, mas isso não quer dizer que deve ser proibido sem mais.
A SIC, ao contrário da TVI, não tem uma visão sensacionalista do que deve ser um canal de televisão e, por regra, procurar produzir programas onde os problemas dos cidadãos são tratados com seriedade. Há vários exemplos, mas nenhum com crianças.

A questão seria sempre sensível, porque nunca saberemos se a exposição mediática destas crianças não será altamente prejudicial ao seu desenvolvimento. No entanto, no meu entender, a solução nunca pode ser terminar com o programa, porque os problemas que ele pretende debater, orientado muitos pais desesperados com os desafios que a conduta dos seus filhos lhes coloca, não deixam de existir com o fim do programa.
Mais do que ameaçar, desaconselhar ou punir, a UNICEF e a Comissão Nacional de Promoção dos Direitos e Proteção das Crianças e Jovens devem monitorizar o programa e assegurar que ela nunca sai dos carris pedagógicos. Os problemas não deixam de existir se os escondermos. Há muitos pais que nunca exporiam daquele modo os seus filhos, mas que se reveem naquela impotência para tratar de casos-limite e que gostariam de ter uma orientação profissional.

Bem enquadrado, o programa pode ser muito útil e educativo, embora também pode pouco resolver e muito expor. 
Eu arriscaria na manutenção do programa, acompanhado de muito perto pelas entidades públicas que têm por obrigação zelar pelos interesses das crianças. Talvez até seja um modo de muitos pais, muitas famílias começarem a entender melhor os problemas que passam milhares de professores nas escolas portuguesas. 
E por outro lado, pelo que já fez na área da cidadania e da intervenção social, a SIC merece que não julguemos este Supernanny como um qualquer Big Brother ou coisa pior.

GAVB

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