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segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

A MAIOR ARMA CONTRA A DESIGUALDADE DE GÉNERO É A EDUCAÇÃO


As mulheres tiveram grandes conquistas no século XX, mas provavelmente a mais importante foi o acesso à Escola.
A Educação, quer no sentido lato quer no sentido restrito, é a melhor maneira de introduzir liberdade, justiça e paridade. Quando hoje, no mundo ocidental ou oriental se fala de igualdade entre homens e mulheres, não estamos a falar do mesmo, porque os patamares de (des)igualdade são bem diferentes, mas a resposta pode ser a mesma – Educação.
Obviamente que nos países onde não há liberdade nem democracia, a Educação é apenas a semente onde germina a tomada de consciência de que todos devem lutar por um mundo mais justo, onde homens e mulheres tenham efetivamente os mesmo direitos. No entanto, nos países civilizados, onde a Educação já chega a todos e a todas, a Escola continua a ser a resposta.


É na Escola que as mulheres adquirem as competências, as qualificações, os conhecimentos que lhe vão permitir estar em pé de igualdade com os homens; também é a Escola que lhes dá o estatuto e o reconhecimento social e também deve ser a Escola a resolver os problemas que ainda subsistem, desconstruindo uma organização social baseada em papeis de género, que tanto propicia a desigualdade de género. A Escola pode ainda criar mecanismos diferenciadores para as adolescentes e jovens adultas que engravidam e rapidamente veem muitas portas laborais se fecharem e tornar-se mais difícil a conclusão de cursos superiores.

Se analisarmos dados da ONU verificamos que quanto mais um país investe na Educação dos seus jovens, sem os discriminar por sexos, mais desce a taxa de desigualdade de género.
A Escola é um lugar onde a desigualdade de género não tem significado e pode funcionar como exemplo social para outras organizações e profissões. 
No entanto, a Escola não age diretamente na sociedade, «apenas» funciona como seu farol.

Dado que a (ím)paridade de género é também uma questão de poder, temos de contar com o conflito, entre quem detém o poder e quem o quer compartilhar. E nunca foi tão fácil «assaltar» o castelo da desigualdade entre sexos, porque o mundo atual é um mundo que se alimenta da imagem e essa nunca foi tão favorável às mulheres como é agora.
GAVB

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