Provavelmente, uma ilha rica em recursos naturais e em
pessoas sensíveis, cultas, bondosas e silenciosas. Gente que não tivesse medo do silêncio nem das palavras; gente que soubesse amar e ser amada.
Uma ilha onde a sobrevivência fosse possível, mas não
oferecida em bandeja de prata; um lugar onde cada pessoa tivesse de se
construir em relação, sem estatuto, sem poder, sem preconceitos.
Um espaço de descoberta e conquista interior, de partilha ou
solidão.
Uma pessoa deserta é uma oportunidade de construção de
personalidade que não se deve desperdiçar, porque a vida de cada PESSOA é muito
mais do que areia sem alma a desaparecer na ampulheta do Tempo.
Por isso, a minha ilha teria sempre gente livre, diversa e
provocadora de emoções.
Não sei se atravessar uma pessoa deserta é mais ou menos difícil
do que atravessar um deserto, mas é certamente mais desafiante e motivador.
GAVB
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