Etiquetas

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

INFELIZMENTE, SÓ SERÁ NOTÍCIA O POLÍCIA AGRESSOR, NUNCA O POLÍCIA AGREDIDO


Hoje, um jornal de grande tiragem, em Portugal, referia um dado estatístico assombroso: só nos últimos meses mais de 380 polícias foram agredidos, no exercício das suas funções.
A notícia dá conta de todo o sentimento de injustiça que muitos polícias sentem, quando os inúmeros casos em que são vítimas não são tratados, pela comunicação social, com o mesmo destaque e severidade do que os desmandos de alguns colegas. É injusto, mas sempre será assim.


Um polícia lida com ladrões, marginais, agressores violentos e perigosos. É previsível que quase todos os dias sejam objeto de ciladas, provocações, ameaças, agressões físicas e psicológicas. É verdade que são homens e mulheres como qualquer outra pessoa, mas não podem reagir como qualquer outra pessoa. Uma parte importantíssima do seu trabalho é saber gerir a raiva, o sentimento de injustiça, a distorção dos factos que os criminosos e seus familiares sempre farão das suas atuações. Mesmo em situações adversas ou de grande melindre têm SEMPRE de dar uma resposta exemplar.


Eles são a garantia física e armada do Estado de Direito. É por isso que não podem ter falhas ou quando as têm elas tenham de ser punidas. 
Ainda que os outros tenho batido 100 vezes e eles apenas uma, ainda que os criminosos sejam absolvidos e eles punidos, é imperioso que percebam que não podemos ter complacência com as suas falhas. Temos de ser duros com eles quando erram, porque isso é a garantia que vivemos realmente num Estado de Direito. Mas também temos o dever de os respeitar, de confiar na sua palavra, de estar ao lado deles, no essencial. E o essencial é que, em princípio, eles representam o Bem, a Justiça, a Ordem Pública. Também por isso convém não confundir a árvore com a floresta, ainda que uma árvore nos tenha acabado de multar porque estava maldisposta.

GAVB

Sem comentários:

Enviar um comentário